quarta-feira, 5 de junho de 2013

IDG Now!: Startups de A à Z


Algumas áreas do conhecimento são cercadas por neologismos e anglicismos. Administração de empresas, publicidade e propaganda e marketing são um caso típico de cursos em que novos termos surgem a todo momento. Não é diferente na “Cultura Startup”.

A “Cultura Startup” possui características de empreendedores com estilo de gestão descentralizada, compartilhada e colaborativa. Empreendedores que buscam uma filosofia sob a qual a inovação e o foco em um modelo de poucas funcionalidades, baixo custo e rápida proliferação substituem altos custos e dispendiosas estratégias de customização, diferenciação, gestão de clientes e baixa exposição a riscos.

Na chamada “Cultura Startup”, na qual empreendedores são diretamente influenciados pela cultura inovadora em polos de empreendedorismo como Boulder, Londres, Nova York e o próprio Vale do Silício é mais que natural que surjam novos termos e novas formas de se pensar o mundo dos negócios.


Separamos alguns dos principais termos da Cultura Startup. São eles:

Aceleradora: semelhantes às incubadoras de empresas, diferem principalmente quanto ao capital, que é privado, e pelo fato de possuírem fins lucrativos. As aceleradoras conduzem processos de “graduação” de empresas jovens e startups, em períodos que geralmente variam entre três e seis meses e fornecem a essas empresas seminários, workshops, apoio de mentores e tutores e proximidade com potenciais parceiros e investidores. Em troca, as aceleradoras assumem participações minoritárias no capital das empresas aceleradas, por vezes realizando também aportes menores durante o processo de aceleração.

Bootstrapping: termo referente, no segmento de startups, à utilização de recursos próprios para o investimento inicial em uma empresa – originado das economias ou da venda de bens dos próprios fundadores.

Budget: meta financeira estabelecida por uma empresa – pode se referir tanto aos gastos, como no caso de um orçamento, quanto às receitas, como no caso de metas de faturamento para um produto ou serviço.

Coworking: locais que congregam profissionais de diversos ramos e empresas distintas, conhecidos também como “escritórios compartilhados”. Neles, profissionais liberais ou empresas arcam com uma mensalidade ou cobrança eventual por uso, compartilhando o mesmo espaço e dependências com outros profissionais, de modo a reduzir custos.

Crowdfunding: modalidade de levantamento de capital de forma pulverizada, recolhendo somas pequenas de centenas ou milhares de pessoas até atingir um valor considerável. Por razões óbvias de alcance e eficácia, está muito relacionada à internet e redes sociais.

Early-adopters: faixa do público que é mais predisposta a consumir e avaliar produtos inovadores, muitas vezes compreendendo formadores de opinião e entusiastas por tecnologia e novidades. Na tática de startups, costumam ser o público-alvo inicial de qualquer produto ou serviço, antes que esse possa sofrer as modificações necessárias para divulgação ao grande público.

Escalabilidade: no vocabulário de startups, a escalabilidade pode determinar a fase em que a empresa passa a atingir o grande público-alvo e ampliar seus volumes de vendas e distribuição de produtos ou serviços, mas também pode se referir a um índice, que determina a capacidade de uma startup em expandir rapidamente seus negócios e base de usuários, ou não.

Feature: vocábulo em inglês para a funcionalidade de um produto ou serviço. Mais do que uma mera característica, o feature é aquele traço do produto ou serviço com caráter comercial, que possa ser vendido ou ressaltado durante a fase de apresentação do novo produto aos clientes.

Framework: geralmente vinculado ao software ou ao desenvolvimento web, consiste em uma série de elementos ou rotinas padronizadas, que podem ser empregadas para facilitar e abreviar o tempo de desenvolvimento de uma aplicação. Na área de negócios e gestão, pode também se referir a uma metodologia com processos-padrão, que pode ser diretamente aplicada em módulos para desenvolver modelos e planos de negócio.

Incubadora: geralmente apoiadas por universidades ou capital governamental, as incubadoras são entidades sem fins lucrativos, que apoiam diversas empresas nos seus primeiros passos, oferecendo desde serviços de suporte consultivo e burocrático até a facilitação no contato com prováveis parceiros e mesmo investidores. As incubadoras possuem estruturas que têm por objetivo compartilhar custos e gastos, reduzindo o ônus das empresas incubadas com atividades não diretamente relacionadas à natureza da empresa.

Investidor Anjo: a figura do “anjo” surgiu nos Estados Unidos e compreende o investidor de pequeno porte, pessoa física (embora este possa investir por intermédio de uma empresa), que faz pequenos aportes de capital em negócios e empresas nascentes, em troca de uma participação minoritária. Os anjos, em geral, investem em grupos ou “pools”, assumindo coletivamente uma participação na empresa e nunca cargos diretos na mesma, embora possam colaborar com apoio consultivo e contatos. Por essa razão, o capital investido por anjos é também conhecido no mercado por “smart money”.

Lean startup: metodologia introduzida pelo americano Eric Ries em 2011. Ries criou um método de desenvolvimento de produto com base no processo de formulação de hipóteses e tentativa e erro, a partir de ciclos de “validação e aprendizado”. Ries defende que empresas, especialmente startups, devem basear as funcionalidades de seus produtos na opinião e feedbacks de seus clientes iniciais, de modo a evitar funcionalidades excessivas e custos desnecessários no desenvolvimento ou investimentos massivos para lançamento desses produtos ou serviços para as grandes massas.

Meetup: encontro informal de empreendedores e interessados, geralmente dispensando a estrutura cara de um evento tradicional e com o único intuito de reforçar o networking.

MVE: do inglês Minimum Viable Entrepreneur, é um termo novo, proposto e defendido por nós neste livro, em contraposição (e às vezes complemento) à mera utilização do produto como ferramenta de mensuração das possibilidades de sucesso de uma startup. O MVE, grosso modo, compreende um perfil mínimo para que um empreendedor possa conduzir e gerenciar um negócio com boas possibilidades de sucesso, ou o conjunto de características imprescindíveis para que qualquer empreendedor possa passar pelo crivo de investidores e também do mercado.

MVP: do inglês Minimum Viable Product, consiste em um produto apenas com funcionalidades suficientes para seu lançamento e sujeição ao público, sem nada mais. Tal produto é, posteriormente, aplicado a usuários mais entusiastas (early-adopters), que produzem feedbacks mais claros e podem levar o produto de sua fase de protótipo a algo adequado ao mercado.

Pitch: referência curta ao chamado “elevator pitch”, uma curta apresentação, tradicionalmente de vendas ou marketing, sobre um produto, serviço ou instituição, e no caso de startups, vinculada à apresentação de um projeto para investidores e interessados. Geralmente entre 3 e 5 minutos, o nome ‘elevator’ seria uma referência ao tempo gasto em um elevador, como o intervalo de tempo que você tem para expor uma ideia a pessoas desconhecidas.

P2P ou peer-to-peer: literalmente “ponto a ponto” em inglês, em termos de arquitetura de redes significa uma rede na qual todos os computadores, ou pontos, funcionam como servidores e clientes ao mesmo tempo. Ou seja, qualquer um dos pontos da rede pode se comunicar e transmitir dados a outros pontos, sem a necessidade de uma “central” para efetuar tal distribuição. No mercado de startups, as relações P2P são essenciais na conquista de novos clientes e na viralização de novos produtos.

Pivot: o ‘pivot’ na linguagem de startups se refere a uma correção, drástica ou não, no modelo de negócio de uma empresa, que deve aproveitar a estrutura existente e os esforços até então despendidos para testar uma nova hipótese de modelo ou estratégia.

Pricing: se refere à estratégia de preços de uma empresa, o equivalente à disciplina de “formação de preços”. O pricing, mais do que refletir apenas os valores de comercialização de um produto ou serviço, deve refletir toda a estrutura de custos na produção ou desenvolvimento desse item, bem como uma análise dos preços de concorrentes e sucedâneos e também a margem de lucro desejada.

Saída: quando partes relacionadas ao segmento de startups falam em uma “saída”, se referem geralmente à venda de participação acionária em uma empresa, seja por parte de sócios fundadores ou investidores.

Turnover: pode ser usado em duas frentes. Quando ligado aos números financeiros e balanços de uma empresa, se refere ao faturamento ou, mais propriamente, à “receita com vendas”. Usado na área de recursos humanos ou em relação a colaboradores, se refere à taxa de rotatividade de funcionários em determinada posição.

Venture capital: ou simplesmente “VC”, são investidores financeiros de alto risco, muitas vezes na figura de fundos poderosos de investimento. Embora o capital que costumam aplicar em startups e empresas de tecnologia seja alto, esses valores representam apenas uma pequena parcela dentro de seus portfólios totais de investimento, que incluem dezenas de outras aplicações.

Fonte: "Startups de A à Z | IDG Now!." IDG Now! - Noticias de tecnologia, internet, segurança, mercado, telecom e carreira. http://idgnow.uol.com.br/blog/startuplace/2013/06/05/startups-de-a-a-z/ (accessed June 5, 2013).

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