segunda-feira, 1 de julho de 2013

Folha de S.Paulo: Considerado o futuro do comércio eletrônico, uso de celular como carteira não decola


Em setembro de 2011, o Google lançou o Wallet, um serviço de carteira virtual que tira proveito do NFC (comunicação de campo próximo, na sigla em inglês) para realizar pagamentos.

Alardeada à época como o futuro das transações financeiras por meio de dispositivos móveis, a tecnologia não decolou.

No começo do mês, a consultoria Gartner divulgou suas previsões para 2013 sobre o mercado mundial de pagamentos feitos por smartphones e tablets. O volume total movimentado será de US$ 235,4 bilhões. O NFC, porém, será responsável por apenas 2% do valor, ou o equivalente a US$ 4,7 bilhões.

Com US$ 163,1 bilhões, os serviços de transferência monetária, como o PayPal, aparecem em primeiro, com 71%.

Em um outro cenário, que leva em consideração um período mais longo de tempo --o que poderia melhorar a participação de uma tecnologia ainda nascente--, as notícias também não são boas.


A Gartner prevê que, em 2017, a tecnologia NFC ficará com 5% do mercado, ou US$ 36 bilhões. Em comparação com seu estudo anterior, a consultoria reduziu sua estimativa em 40% --ela imaginava que, dali a quatro anos, o NFC movimentaria US$ 60 bilhões. As transferências monetárias ficarão com 69%.

A Gartner justifica dizendo que os números são o resultado da adoção decepcionante do NFC no mundo todo em 2012 e do fato de que serviços de nome, como o Google Wallet e o Isis, ainda estão lutando para ganhar força.

De fato, as notícias vindo do Google dão conta de que os serviços de carteira virtual que usam o NFC passam por um momento difícil. Segundo a "Bloomberg", o Google já investiu US$ 300 milhões para desenvolver o Wallet --a cifra não é confirmada.

Com a falta de retorno, a companhia estaria pensando em abandonar projetos relacionados ao serviço, como um tablet voltado aos varejistas compatível com a tecnologia. A crise desse segmento também teria sido a razão da saída de Osama Bedier, chefe de operações do Google Wallet, no fim de maio.

"O fator que segurou o NFC foi a base de celulares com a tecnologia, mas ela deve começar a se massificar em um futuro próximo",diz Igor Taquehara, responsável pela estratégia e implantação das soluções mobile do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha). Por meio do PagSeguro, o UOL mantém um serviço de carteira virtual.

"Quando se fala de pagamento móvel, não há uma só maneira de isso ser feito. O NFC é só mais uma delas", diz Rogério Signorini, diretor de inovação da Cielo.

Fonte: ROMANI, BRUNO . "Folha de S.Paulo - Tec - Considerado o futuro do comércio eletrônico, uso de celular como carteira não decola - 01/07/2013." Folha Online. http://www1.folha.uol.com.br/tec/2013/07/1303336-uso-de-celular-como-carteira-nao-decola.shtml (accessed July 1, 2013).

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