sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Folha de S.Paulo: Google anuncia guerra contra visualizações falsas no YouTube


Os visitantes do YouTube assistem a mais seis bilhões de horas de vídeo todo os meses, mas nem todos esses olhos são reais. O Google anunciou a aplicação de medidas duras em visualizações fraudulentas no YouTube de canais que buscam inflar seus números artificialmente.

Quando alguns maus usuários tentar burlar o sistema inflando artificialmente o número de visualizações, eles não estão apenas enganando os fãs sobre a popularidade de um vídeo, mas estão minando uma das qualidades mais importantes e únicas do YouTube, disse o engenheiro de software do YouTube Philipp Pfeiffenberger em um post num blog que anunciava a nova postura da empresa.

O YouTube sempre auditou vídeos num esforço de tentar acabar com contas infladas, mas a companhia está aumentando seus esforços de acordo com Pfeiffenberger. "Enquanto no passado nós podíamos escanear visualizações buscando por spams imediatamente após elas ocorrerem, a partir de hoje nós iremos validar a contagem de 'views' dos vídeos periodicamente, removendo as fraudulentas assim que evidências forem encontradas."
Reprodução 

Página de canais de conteúdo original do YouTube,
 que ganhou mais 60 produtores recentemente

Segundo o texto, a companhia não acredita que esta abordagem irá afetar mais do que uma pequena parcela dos vídeos do YouTube, mas se mostra crucial para melhorar a precisão das contagens de visualização e manter a confiança dos fãs e realizadores.

O movimento segue um alerta enviado pelo serviço para sua rede de donos de canais em novembro de 2013 com outro post do blog avisando sobre o número de companhias que cobram para aumentar os 'views' artificialmente.

"Se você está considerando pagar alguém para aumentar o seu número de visualizações, talvez você queira pensar mais uma vez. Você provavelmente não receberá pelo que você pagou", explicava o post.

Visualizações geradas por um negócio de terceiros não serão contabilizadas no YouTube e podem levar a ações disciplinares contra as contas descobertas, incluindo a remoção de vídeos e a suspensão da conta.

É um ponto duvidoso no sistema que a empresa dona do YouTube, Google, direcione tráfego para empresas de terceiros que vendem esses serviços. Digite "comprar views no YouTube" no motor de busca do Google e centenas de companhias divulgando seus produtos aparecerão, incluindo algumas que pagam ao Google para fazer propaganda de seus serviços usando o sistema AdWords.

A motivação do YouTube para reprimir falsas visualizações ocorre em parte para tornar o serviço mais atrativo para anunciantes, assim eles poderão ter certeza que seus anúncios estão sendo vistos por pessoas reais. E está também relacionada com o desejo da empresa de que os donos de canais construam suas audiências pagando para usar seu sistema de anúncios TrueView.

O YouTube está longe de ser a único serviço de mídia social que atrai companhias prometendo inflar artificialmente as métricas.

Seguidores do Twitter e 'Likes' do Facebook são todos compráveis online, por exemplo. Em abril de 2013, dois pesquisadores italianos afirmaram que podem existir até 20 milhões de contas falsas no Twitter criadas por empresas que vendem esse tipo de serviço para marcas.

O YouTube está alertando sua comunidade que comprar 'views' será contra producente.

"Se você contrata uma companhia que te dá spam em vez de visualizações, você será penalizado, não a companhia", explicou o post da empresa. 

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