Ronaldo Lemos
As razões são muitas. Uma é que a rede caminha para se tornar pano de fundo, infraestrutura, tal como o sistema elétrico. Com isso, a diferença entre conexão e desconexão deixa de fazer sentido.
Claro que o desafio da inclusão digital continuará (como continua para a eletricidade), mas o serviço de acesso à rede será considerado como mais um serviço essencial.
Outra questão é o desencantamento. Como em toda nova tecnologia, há um excesso de expectativas, que depois acabam frustradas. A internet mudou o mundo, mas não exatamente como se esperava que fosse mudar.
Esse desencantamento chega agora ao Vale do Silício. A revista "Wired" publicou artigo fulminante sobre o tema, chamado "O Vale do Silício precisa perder sua arrogância ou corre o risco de ser destruído".
Outro sinal de revolta é o ácido manifesto "First Things First 2014", assinado por 500 designers e programadores, chamando a atenção para problemas éticos da tecnologia. Em suas palavras: "Alguns de nós emprestamos nossos talentos para iniciativas que abusam dos direitos humanos, da lei e da privacidade, colocando vidas em risco. Estamos negando a nossas profissões o potencial de gerar um impacto positivo".
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