Para reverter a situação, o banco sugere parcerias público-privada e estímulo aos investimentos privados
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) divulgou um estudo sober a banda larga na América Latina, sugerindo que os países membro da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) melhorem seus mecanismos de cooperação e de estímulos aos investimentos privados para ampliar a taxa de penetração desta conexão.
Segundo o BID, apesar de a infraestrutura de internet banda larga estar crescendo em toda a região, a situação ainda é muito frágil. Só existem sete linhas banda larga para cada 100 habitantes nos países da América do Sul, enquando na China a taxa de penetração já de 9,4 por 100. Nos países da OCDE, são 25 conexões banda larga por cada 100 habitantes.
"Para democratizar o acesso de banda larga, os países precisam maximizar a colaboração público-privada, adotar incentivos fiscais para promover a demanda, apoiar a criação de serviços e conteúdos regionais e locais, assim como modificar a regulamentação para incrementar os investimentos privados nas conexões regionais e internacionais", recomenda do BID.
Menos cabo submarino do que a África
Conforme os estudos do banco, em 2013 a Amércia Latina terá 10 vezes menos capacidade instalada submarina de rede de cabos de fibras ópticas do que a África, apesar de os países latino-americanos e caribenhos gerarem muito mais tráfego de internet. O banco recomenda ainda a construção de mais PTTs (pontos de troca de tráfego) regionais (na mesma linha sugerida ontem pelo governo brasileiro). Segundo a CEPAL, entre 75% e 85% do tráfego da região, incluindo os conteúdos locais, precisam ir a Miami, nos Estados Unidos, ao invés de se manterem nas fronteiras latinas. Na Europa, assinala o BID, a maior parte do tráfego da internet se mantém sem suas fronteiras.
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