segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Insight - Laboratório de Ideias: PNBL e Telebras

Insight - Laboratório de Ideias: PNBL e Telebras:Acesso à telefonia 4G para a Copa de 2014 exige mudanças na legislação
Governo planeja disseminar tecnologia de acesso rápido na rede em sedes do Mundial até final de 2013


Preocupado em garantir acesso rápido à internet sem fio durante a Copa de 2014, o governo federal deve fazer, em abril, o leilão das frequências para a implantação de redes de celulares de quarta geração (4G).


Para cobrir a Capital [Porto Alegre] com a nova tecnologia, que permitirá acesso dezenas de vezes mais rápido à internet em dispositivos móveis, as empresas de telefonia pedem a alteração da lei que regula a instalação de antenas de celular na cidade.


Um projeto de lei já tramita na Câmara de Vereadores, baseado em um parecer do grupo temático de telecomunicações da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) e nas queixas das operadoras.


O texto modifica a lei atual, de 2002, e reduz de 500 metros para cinco metros a distância mínima entre torres de celular. Atualmente, há cerca de 450 estações radiobase em Porto Alegre.


Duas são as justificativas, explica o autor do projeto, vereador Airto Ferronato. A primeira: as novas redes, por atuar em frequência bem mais alta, exigem cerca de três vezes mais antenas para cobrir igual área. A segunda: os equipamentos emitiriam muito menos radiação do que há 10 anos.


— Não queremos desconsiderar as questões ambientais e de saúde, mas a tecnologia avançou demais. As normas precisam ser atualizadas — afirma.


Na Câmara, o projeto passará pelas comissões de Justiça, de Finanças e de Saúde e Meio Ambiente. Segundo o diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal, Eduardo Levy, como os projetos de 4G exigem mais estações radiobase, se mantidas as regras atuais, a cobertura na Capital não seria viável:


— O governo dá concessões às operadoras e nos cobra qualidade. Sem colocar três vezes mais antenas, o serviço não vai ter a qualidade esperada.


Segundo o diretor-executivo, Porto Alegre teria uma das legislações mais restritivas sobre o assunto. O diretor da Fiergs responsável pelo estudo apresentado à Câmara, Carlos Garcia, diz que a mudança é importante para que as operadoras não deixem de investir no Estado.

Utilização inicial é voltada para a web



Apesar de as redes serem de telefonia celular, as primeiras aplicações do 4G devem ser para acesso à internet, prevê Erasmo Rojas, diretor para a América Latina e Caribe da 4G Americas, organização que reúne as principais empresas do setor. Enviar e receber vídeos de alta resolução com notebooks e tablets, por exemplo, deve ser um dos usos mais frequentes em eventos como a Copa de 2014.


– Turistas, jornalistas, torcedores vão usar o 4G em coisas que demandam muita velocidade de rede. Não vão apenas ficar mandando mensagens de texto em um jogo de Copa do Mundo – exemplifica Rojas.