sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Olhar Digital: CeBit 2012 terá participação recorde de empresas brasileiras

Olhar Digital: CeBit 2012 terá participação recorde de empresas brasileiras:

Feira alemã contará com quase 60 empresas nacionais, que vão ao evento em delegação para exibir portfólios e buscar novos negócios



Rafael Arbulu

Já não é de hoje que especialistas e "gurus" econômicos dizem que o Brasil é a bola da vez no mundo de TI. Exemplos para isso não faltam: Foxconn, Amazon, Tumblr, Facebook - todas essas empresas estão ou abrindo escritórios administrativos por aqui, ou trazendo negócios localizados.

Outro exemplo prático que está para acontecer é a CeBit, uma das mais tradicionais feiras tecnológicas voltadas para negócios do mundo. E na edição 2012 do evento, que acontece anualmente na Alemanha, o Brasil terá uma participação no mínimo notável: segundo nota divulgada à imprensa, a delegação brasileira será formada por pouco mais de 60 empresas nacionais.

A Padtech, uma das empresas estreantes na feira, tem uma expectativa a longo prazo: recentemente, a companhia abriu um escritório na França, e espera usar a CeBit para "plantar a semente": "Estamos apostando na recuperação do euro e do mercado europeu. Assim, quando isso acontecer, já teremos negócios encaminhados por lá, principalmente agora com o novo escritório", diz Jorge Salomão Pereira, o presidente da Padtech. Especializada em produtos relacionados à transmissão de fibra ótica, a empresa também pretende exibir alguns itens de seu portifólio na feira.

Uma intenção diferente tem a GAS Tecnologia. Empresa que trata de proteção de sistemas bancários - em especial o internet banking -, a GAS pretende mostrar produtos, deixando um pouco em segundo plano negócios e parcerias: "O que buscamos na CeBit é expor o nosso conceito de proteção de sistemas bancários. Os bancos daqui são internacionalmente reconhecidos pela alta capacidade tecnológica e queremos muito vender a ideia de prevenção à fraude online", diz Hilton Silva Junior, diretor executivo da empresa.

Para Djalma Petit, diretor de mercado da SOFTEX (empresa que organizou a delegação nacional e fez toda a negociação com os representantes da CeBit no Brasil), foi a condição de país parceiro que alavancou a participação de nossas empresas na feira. Petit diz que, em edições anteriores, empresas brasileiras ficavam em um ou dois pavilhões escondidos, longe do público e, consequentemente, pouco divulgados. Desta vez, porém, ele nos indica que a participação brasileira será comparável à de outros países, uma vez que, para abrigar quase 60 empresas, serão necessários "pelo menos seis pavilhões" em áreas mais "quentes".

Petit acredita, ainda, que esta é a oportunidade perfeita para empresas nacionais levarem seu know how para o âmbito global: "precisamos ter fé na recuperação do mercado europeu. Assim, quando eles voltarem, teremos uma posição mais firme no território deles".