quinta-feira, 26 de abril de 2012

COMPUTERWORLD: Bancos investiram R$ 18 bilhões em TI em 2011, indica Febraban




Instituição destaca o uso de internet banking, 

que puxou alta de transações bancárias no País
 e ainda o salto de 50% no uso de mobile banking.

No ano passado, as instituições financeiras investiram cerca de 18 bilhões de reais em tecnologia da informação (TI), crescimento de 27% em comparação com 2009, de acordo com dados da pesquisa “O setor bancário em números”, divulgada hoje (25/4) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em 2010, as despesas em TI foram de 16.115 bilhões de reais, indica o estudo, número revisado pela entidade que havia divulgado aporte de 22 bilhões de reais.

De acordo com o levantamento, a aquisição de hardware apresentou estabilidade, mas ainda é o principal investimento dos bancos e em 2011 representou 4.572 bilhões de reais do total. Já o investimento em software soma mais de 30% do total. A terceirização de desenvolvimento de software é a modalidade que mais saltou, de um investimento de 2.712 milhões de reais em 2010 para 3.700 milhões de reais no ano passado.

Esse cenário mostra que os bancos estão se preparando para os desafios do futuro que incluem aceleração do uso do mobile banking e do mobile payment, diz Luis Antonio Rodrigues, diretor de Tecnologia da Febraban. “O setor é um dos que mais buscam eficiência operacional por meio de TI, sendo que a maioria dos bancos se dedica à eficiência operacional. Tecnologia da informação será cada vez mais usada para esse fim”, sintetiza.

Rodrigues aponta que o Brasil tem participação relevante nos gastos com TI, à frente de Índia, México e Austrália. Os Estados Unidos lideram por terem direcionado 94.266 bilhões de dólares em 2011 para a aquisição de tecnologias. Instituições financeiras que atuam em território nacional vão aumentar o aporte em tecnologia da informação em cerca de 45% até 2015, acima da média mundial de 18%.

Diante desse quadro, aponta, os bancos brasileiros terão o desafio de planejar o investimento de forma adequada, alinhando-o com a necessidade de buscar eficiência e aprimorar a experiência do consumidor utilizando plataformas integradas de canais e ofertas aos clientes. “Big Data e CRM serão vitais para a exploração dos canais com o objetivo de ampliar a capacidade de processamento e melhorar o relacionamento com os consumidores”, avalia.

Entre os destaques do levantamento está a expansão do mobile banking, impulsionada pela venda de smartphones no País. Segundo o estudo, foram 3,3 bilhões de contas correntes acessadas por meio de mobile banking em 2011, salto de 49% em comparação com o ano anterior. Um dos motivos para a alta, de acordo com a entidade, é o acesso à banda larga, associado ao investimentos em segurança. “Ainda há espaço relevante para mobile banking penetrar no Brasil e atingir mais usuários”, projeta o executivo.

Internet banking também está ganhado mais adeptos, aponta, conquistando o mesmo nível dos países desenvolvidos. Hoje, a modalidade responde por 25% das operações bancárias, uma expansão de 11% de 2010 para 2011. O total de transações bancárias foi de cerca de 66 bilhões no ano passado, sendo 15,7 bilhões a partir do internet banking. Mais uma vez, diz Rodrigues, a tecnologia da informação será vital para maximizar o uso do modelo, dando a liberdade de o cliente escolher a forma que deseja acessar o banco.

“Com base na pesquisa, nos próximos cinco a sete anos acreditamos em maior convergência tecnológica para acelerar a expansão do uso de serviços bancários a partir de dispositivos móveis. Se isso acontecer, mobile banking vai crescer fora da curva e terá a mesma relevância do internet banking”, projeta. 

Para ele, esse quadro vai fazer com o papel do CIO de instituições financeiras mude e seja mais complexo. “Esse profissional terá uma responsabilidade maior em relação ao gerenciamento para entrega de produtos e serviços que atendam as demandas dos clientes”, observa.

A pesquisa indica ainda a evolução do número de ATMs [caixas eletrônicos]. No total são 182 mil unidades, ou 9,1 para cada 10 mil habitantes. “O brasileiro ainda tem o hábito de efetuar saques, mais do que a média mundial”, justifica. Já o número de agências avançou 7%, para 34,2 mil, e o número de contas correntes ativas cresceu 3,8% somando 92 milhões.

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