quinta-feira, 19 de abril de 2012

G1: Câmara aprova cobrança de imposto sobre publicidade na internet



Cobrança de ISS também atingiria propaganda em
outdoors nas ruas. 

Autor da proposta original
defende que internet fique isenta do ISS.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (18) projeto de lei que permite a cobrança de ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) sobre sites que inserem texto, desenho e outros materiais de publicidade em suas páginas na internet. O projeto foi aprovado com 354 votos favoráveis e apenas 2 contrários, e será agora analisado pelo Senado Federal.

De acordo com o autor do texto aprovado, deputado Odair Cunha (PT-MG), a medida foi uma forma de proteger as empresas que realizam este tipo de serviço. "O objetivo é garantir que o serviço de publicidade seja tributado pelos municípios, porque hoje existe um limbo. E como há esse limbo, há um movimento, em alguns estados, para se cobrar deles ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços], que é maior. Então é melhor resolver, regulamentar a atividade e não ter dúvida jurídica."

O valor do ISS varia de município para município e, dentro do que prevê o projeto aprovado, seria cobrado onde ficarem as sedes comerciais das empresas que fornecem os espaços públicitários. Já a definição sobre que tipo de site terá de pagar o imposto dependeria de uma lei municipal.

Para o deputado, a publicidade em portais jornalísticos e sites na internet de jornais, revistas, rádios e TVs não são afetados pela lei. Isto porque a Constituição prevê a imunidade tributária nestes casos, e isto também valeria para a versão on-line.

"A imunidade tributária alcança o jornal on-line, porque o mundo virtual é uma reprodução do mundo real. Então, o que no mundo real, concreto, existe como imunidade, isso transfere-se para o mundo virtual também", afirmou o deputado. Já grandes portais de entretenimento e sites de comércio on-line, por exemplo, teriam de pagar o imposto. O deputado não soube informar se blogs - cuja principal fonte de renda em geral é a publicidade - também seriam afetados.

A proposta inclui outros serviços tributáveis pelo ISS, como a inserção de publicidade em outdoors e painéis eletrônicos nas ruas. O deputado Mendes Thame (PSDB-SP), que apresentou a proposta em 2004, defende que a internet fique fora nova lista do ISS. "Acho melhor não mexer nisto agora [internet]. Se levamos seis anos para discutir isso, imagine sobre internet", afirmou.

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