quarta-feira, 2 de maio de 2012

COMPUTERWORLD: 5 dicas para sobreviver a interrupções de nuvens públicas



Pequenos cuidados ajudam a lidar melhor com as falhas e a evitar grandes impactos para as empresas.



Durante quatro dias em abril de 2011 a Amazon Web Services (AWS)interrompeu seus serviços. Em agosto do mesmo ano teve outra falha. Outros serviços de cloud computing passaram pelo mesmo problema nos últimos meses. Em fevereiro passado, a plataforma Windows Azure, da Microsoft, teve uma série de infortúnios. E apesar das melhorias realizadas pelos prestadores de serviços de cloud computing para minimizar interrupções futuras, elas deverão voltar a acontecer.

Seguem cinco passos, recomendados por vários especialistas, para as empresas lidarem melhor com as interrupções e evitar impactos maiores:

1. Usar múltiplas zonas de disponibilidade

A AWS, por exemplo, oferece várias “zonas de disponibilidade” (Availability Zones – AZ) em cada uma das regiões na qual está estruturada e para cada um de seus serviços. A empresa diz que as AZ funcionam baseadas na sua própria infraestrutura física.

“Elas estão fisicamente separadas, de tal forma que mesmo havendo desastres extremamente invulgures, como incêndios, furacões ou inundações, eles afetariam apenas uma “zona de disponibilidade”. Durante a interrupção do ano passado, cerca de 45% dos clientes que usavam apenas uma zona para os serviços de bases de dados relacionais sofreram impactos. Em contrapartida, menos de 3% dos clientes que já trabalhavam com uma abordagem com múltiplas zonas foram afetados. Após a interrupção do serviço no ano passado, a empresa tornou mais fácil aos clientes a utilização de múltiplas zonas.

2. Utilizar várias regiões

Novamente usando a AWS como exemplo, tem uma rede de oito regiões, incluindo o leste dos Estados Unidos (Virgínia do Norte), oeste dos Estados Unidos (Oregon), oeste dos Estados Unidos (Califórnia do Norte), União Europeia (Irlanda), Ásia-Pacífico (Singapura), Ásia-Pacífico (Tóquio), América do Sul (São Paulo), e ainda a AWS GovCloud. Para maior segurança e proteção além de uma abordagem com múltiplas zonas de disponibilidade, os clientes podem colocar volumes de trabalho espalhados por várias regiões. Não é tão fácil como colocar volumes de trabalho em várias zonas de disponibilidade, porém: é necessário usar diferentes API para as diversas regiões.

3. Usar vários fornecedores de cloud computing

No caso de a organização exigir ainda mais redundância, mesmo apesar de ter uma abordagem com múltiplas zonas e regiões, devem usar-se serviços conjugados de vários prestadores de cloud computing, diz Drue Reeves, analista do Gartner. Há algumas ressalvas e cautelas a fazer, pois muitos fornecedores poderão compartilhar recursos de data centers.

4. Estabelecer níveis de disponibilidade nos SLAs

Além de tomar medidas técnicas, os clientes podem tomar medidas em outros campos, tais como na negociação com o seu fornecedor de serviços de cloud computing sobre os Service-Level Agreements (SLA). Neles especificam-se sanções sobre os reponsáveis por interrupções e falhas.

Se um cliente decidir usar um fornecedor de cloud computing para os serviços de recuperação de desastres, o SLA deve impor uma disponibilidade de 99,999%.

5. Se não aguenta o calor, fica longe do fogo

Lembre sempre: sua empresa pode não estar preparada para adotar cloud computing no caso de se manifestar extremamente preocupada com a alta disponibilidade de dados e aplicações. É o que diz Steve Hendrick, analista da consultoria IDC. O mesmo diz que a equação é simples: quanto mais críticos forem os dados e os recursos de computação, maiores devem ser os mecanismos de resiliência e alta disponibilidade.

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