Evento será 1º teste para defesa cibernética da Copa e das Olimpíadas.
Centro coordenará proteção das redes de dados envolvidas no evento.
Amanda Demetrio
O Exército brasileiro está fazendo testes para defender as redes de dados brasileiras contra tentativas de ataque e sobrecargas durante grandes eventos, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O primeiro deles acontecerá na Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontece em junho.
O coronel Eduardo Wallier será o responsável pela Rio+20 dentro do CDCiber (Centro de Defesa Cibernética), órgão do Exército brasileiro responsável pela defesa virtual. O centro liderado pelo coronel coordenará e integrará as ações de órgãos como Marinha, Aeronáutica e Polícia Federal na proteção às redes de dados do evento. Estarão sob monitoramento a rede da própria ONU(Organização das Nações Unidas) e as que estão sendo usadas pelas forças de segurança, por exemplo.
“Vamos nos defender da invasão de redes e de ataques que tentam sobrecarregar os sites, por exemplo”, explicou o Wallier, em entrevista ao G1. Segundo ele, a estratégia inclui, por exemplo, a prevenção de ataques a sites da ONU que abordem os temas polêmicos ligados ao evento.
Além dos problemas causados por “fonte humana”, o CDCiber também deve monitorar problemas técnicos das redes envolvidas no evento, diz o oficial.
No local do evento, funcionará o Centro de Monitoramento Cibernético, com especialistas dos diversos órgãos envolvidos na proteção das redes, segundo o major Alexandre Lara, assessor de comunicação do centro. Lara não quis revelar quantas pessoas estão envolvidas na iniciativa.
Se forem identificados problemas na rede, a função do centro será apenas trata-los, e não fazer algum tipo de contra-ataque, explica Lara. “Faremos apenas a defesa dos dados.”
Wallier conta que a ideia é que a experiência obtida na Rio+20 ajude no planejamento e na execução de estratégias semelhantes na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016.
CDCiber
Em dezembro de 2008, o governo aprovou a “estratégia nacional de defesa”, que menciona a necessidade de existir um órgão que governe as questões do setor cibernético, segundo o major Lara. Em 2009, ficou decidido que o Exército cuidaria disso e, em 2010, foi criado o núcleo de defesa cibernética.
O major afirma que, já em 2010, o centro começou a coordenar os setores envolvidos em atividades cibernéticas. “Nós desenvolvemos atualmente dez projetos, tanto na parte de capacitação quanto no operacional”, explica o oficial. A conferência Rio+20 testará essas estratégias pela primeira vez.
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