O Google e a Samsung lançaram mais um ataque contra o Windows. Foi anunciada nesta terça-feira (29) a nova geração de aparelhos com Chrome OS.
Desta vez, o alvo principal são os desktops. As duas empresas apresentaram um novo aparelho, o Chromebox, uma pequena caixinha de apenas 330 dólares que roda o sistema operacional Chrome OS. A configuração é bem básica: processador Intel Celeron de dois núcleos e 1,9 GHz, drive SSD de 16 GB, 4 GB de RAM, Wi-Fi, Bluetooth 3.0, seis portas USB, uma saída DVI e duas DisplayPort e saídas para microfone e fone de ouvido. Muita gente dirá, com razão, que é pouco para o que se pode ter hoje. O Google, porém, não pensa assim.
O que a empresa pretende com os notebooks com Chrome OS – os Chromebooks – e, agora, o Chromebox é mudar o modo como as pessoas usam o computador. Larry Page já chegou a declarar, tempos atrás, que acha que o mundo Windows não é bom. O usuário comum tem uma série de dificuldades para compreender o sistema, tem de lidar com programas maliciosos e, vez ou outra, faz uma bobagem e perde arquivos. Além disso, ligar a máquina costuma demorar mais do que qualquer um gostaria. No Chrome OS, praticamente tudo funciona na nuvem. Basta fazer o login e toda a sua vida online é sincronizada com o computador. Fora que o boot dura menos de 10 segundos.
Claro que a ideia não deu tão certo no início. O Chrome OS tem um ano de vida e, até agora, não conseguiu se tornar popular. As pessoas ficavam incomodadas em ligar o PC e ver apenas a janela do navegador, que é o coração do sistema. Afinal, não havia área de trabalho. O Google, contudo, mudou a interface neste ano, para que ficasse mais parecida com a do Windows, além de torná-la bem mais intuitiva. Dessa vez, pode dar certo. A empresa, contudo, não tem pressa. Tanto que o lema adotado para o sistema operacional é: “Pronto, quando você estiver”.
Outro impeditivo para a popularização do Chrome OS é o preço dos aparelhos. O valor de 330 dólares do Chromebox ainda é muito alto. A Samsung também mostrou uma nova versão do Chromebook, mas que não sai por menos de 449 dólares. É muito. O Google e seus parceiros realmente conseguirão brigar com a Microsoft quando fizerem máquinas populares. E quando uma conexão à internet for algo tão comum quanto ter energia elétrica em casa.
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