terça-feira, 11 de setembro de 2012

Olhar Digital: Brasileiro é quem mais escuta música alta nos celulares em público

Pesquisa da Intel diz que prática incomoda a 72% dos adultos com mais de 55 anos 


A Intel e a Ipsos observer realizaram estudo para entender como os brasileiros se relacionam com a tecnologia e identificar eventuais maus hábitos derivados deste 'casamento'.

A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira, revelou dados curiosos sobre a “Etiqueta Móvel” – como as pessoas se comportam no uso de seus dispositivos móveis, e quais são seus hábitos na hora de compartilhar informações pela Internet.

O uso dos aparelhos ceulares em público foi posto em discussão, e o resultado retrata o quanto a falta de discrição incomoda. Segundo a pesquisa, o brasileiro é campeão mundial no uso de celulares para escutar música em público com o volume muito alto. 72% dos adultos com mais de 55 anos consideram a prática extremamente incômoda.

Para 95% dos brasileiros que responderam a pesquisa, as pessoas deveriam ter mais cautela ao utilizar seus dispositivos móveis em público para evitar irritar os demais à sua volta. O percentual coloca o país no mesmo patamar que a França, atrás dos indonésios (98%), chineses (97%) e à frente dos australianos (94%).

Os principais maus hábitos dos usuários de celulares, de acordo com a pesquisa, são o uso de dispositivos com o volume muito alto (considerado altamente irritante por 62% dos entrevistados) ou falar ao telefone aos berros (59%). Outros hábitos altamente desagradáveis são os de falar ou digitar enquanto dirige (53% e 49%, respectivamente) e assistir a conteúdo impróprio, como pornografia, em ambientes públicos (49%).

O uso de celulares tonou-se tão comum que o hábito está presente até mesmo nos lugares mais inusitados. Usar dispositivos móveis compartilhar informações é mais comum durante as férias (54%), eventos esportivos (24%), nas refeições (22%) e hospitais (20%), mas também acontece no banheiro (16%), dentro do cinema (14%), durante um encontro romântico (13%) e até mesmo em igrejas (8%) e funerais (3%);

“A etiqueta é como interagimos uns com os outros, seja pessoalmente ou online”, explicou a autora e especialista em etiqueta Anna Post, do The Emily Post Institute. “Os resultados da pesquisa da Intel demonstram, claramente, que a preocupação de agora em diante não será mais se compartilharemos online, mas como compartilharemos. Os dispositivos móveis nos permitem compartilhar informações em tempo real, e a etiqueta nos ajuda a decidir como compartilhar e nos conectar de maneiras positivas e que melhorem nossos relacionamentos”.

Mais dados curiosos sobre o brasileiro e a Etiqueta Móvel:

Enquanto digitar no celular ao caminhar pela rua seja considerado extremamente rude em países como Indonésia, Japão e Índia, no Brasil apenas 27% dos entrevistados consideraram a prática irritante. 
22% dos adolescentes brasileiros atualizam suas redes sociais obsessivamente, várias vezes ao dia. Os adultos não ficam muito atrás – 16% tem o mesmo hábito. 
Os conteúdos mais compartilhados pelos brasileiros são: fotos (68%, maior média entre os oito países pesquisados), notícias do dia (49%), recomendações de compras (48%), análises de produtos (47%) e esportes (41%). 
Brasil e Indonésia são os países que mais discutem religião pela rede – 39% dos entrevistados posta sobre religião com frequência, em contraste com países como Japão (1%), França (3%) e Austrália (8%) 
Embora 28% dos entrevistados considere o uso excessivo de abreviações nas comunicações online irritantes, 41% do total de entrevistados admitiu a prática. O mesmo é verdade para erros de gramática e ortografia, considerado irritantes por 42% dos entrevistados, e admitido por 30%. 
44% dos adultos admitiu que se sentem mais confortável compartilhando detalhes de sua vida pessoal on-line do que em pessoa. 
Os mentirosos estão à solta: 33% dos adultos admitiu ter uma personalidade on-line diferente da vida real, enquanto 23% admitiram ter compartilhado informações pessoais falsas pela rede. Os homens são um pouco mais mentirosos do que as mulheres – 26% contra 21%. 

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