quinta-feira, 11 de outubro de 2012

TI INSIDE: Huawei volta a negar espionagem e justifica crescimento devido a parceira com IBM



Depois da dura sabatina a que foram submetidas no Congresso norte-americano na semana passada, as fabricantes chinesas de equipamentos de telecomunicações e dispositivos móveis Huawei Technologies e ZTE foram alvos de uma nova onda de queixas nesta quarta-feira, 10, o que dará início a uma segunda fase nas investigações do painel.

O relatório emitido pelo Comitê de Inteligência dos Estados Unidos, que instou as companhias e órgãos do governo dos Estados Unidos a deixarem de fazer negócios com as fabricantes, diz que Pequim poderia usar os equipamentos fabricados pelas duas empresas para espionar certas comunicações e ameaçar sistemas vitais por meio de links computadorizados. Além disso, congressistas alegam que a Huawei contou com o apoio do Estado e de tecnologia "roubada" para se tornar a segunda maior fornecedora de equipamentos de telecomunicações do mundo. A companhia se defende dizendo que grande parte de sua ascensão foi graças a parceria que mantém com a gigante americana IBM.

De acordo com The Wall Street Journal, a Huawei tem apontado as relações com empresas como a IBM para explicar a sua expansão. Porém, no relatório, o comitê destaca que a empresa apenas fornece uma descrição vaga sobre consultas e recomendações que obteve da IBM. A IBM se recusou a falar sobre sua relação com Huawei em detalhes, dizendo apenas que presta consultoria para milhares de clientes em todo o mundo.

A Huawei diz que também contratou consultores da Accenture, do Boston Consulting Group, da PricewaterhouseCoopers, LLC Mercer e Hay Group, gastando US$ 400 milhões nos últimos cinco anos para ajudar a melhorar seus processos de gestão. O Boston Consulting Group, a Mercer e a PricewaterhouseCoopers declararam que não falarão sobre suas relações com clientes. A Accenture e Hay Group não se manifestaram.

A companhia vem negando as acusações de espionagem e ligação com militares chineses. Na terça-feira, 9, o Ministério do Comércio da China declarou que o relatório possui conclusões infundadas e que isso pode prejudicar as relações entre a China e os Estados Unidos. 


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