Nelson Rocha
A Tribuna acompanhou ontem à tarde no Farol da Barra, a primeira medição do sinal de internet feita em Salvador. Técnicos da Expedição WDC/Abranet, que percorrem o país traçando ummapa da infraestrutura da intenet banda larga e 3G -banda-larga via celular- no país, testaram o serviço oferecido naquela área da cidade e comprovaram ser muito bom.
O carro da Expedição, conduzido por Leonardo Ribeiro, gerente de produto da WDC, é praticamente um laboratório móvel. Uma pick-up equipada com diversos sistemas que conseguem identificar sinais de rede, criando um índice de quantos provedores atua nas cidades e qual a qualidade dos sinais disponíveis.
Com a disponibilidade de um roteador com suporte 3G é feita análise de sinal 3G das principais operadoras do Brasil (Vivo, Claro, Tim e OI). Após as visitas nas regiões Centro-Oeste e Sul, o projeto amplia suas pesquisas e coleta dados do mapeamento também da TV por assinatura e os projetos de fibra óptica (FTTH).
“A gente aproveita esta pesquisa para colocar esses dados juntos e ver como é que está o crescimento do mercado de tv, que fora dos grandes centros é menor”, revelou Leonardo Ribeiro. A Expedição WDC/Abranet, que roda o Brasil desde outubro de 2011, iniciou a medição dos sinais no trecho Nordeste há uma semana. Começou pela Bahia visitando as cidades de Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Vitória da Conquista, Ilhéus, Salvador, Feira de Santana e Senhor do Bonfim.
A Expedição escolheu as cidades baseadas nos mesmos critérios anteriores, ou seja, seguir os caminhos onde a fibra-ótica da Telebrás PNBL deve passar e as cidades que tiveram o maior crescimento do PIB nos últimos 10 anos. No total, serão percorridos 50.000 mil km para visitar mais de 200 cidades em todas as regiões do país.
Após passar pelas regiões Centro-Oeste e Sul, percorrendo 18.500km e visitar 55 cidades, muitas informações foram levantadas, por exemplo: - que a região mais necessitada de rede de fibra é a centro-oeste, onde os provedores locais têm dificuldade na compra de links mais robustos.
A Expedição encontrou menos incidência dos provedores “piratas” na região Sul, e comprovou que o Paraná é atualmente o estado com mais homogeneidade nas cidades em relação a banda-larga. “O PNBL- Plano Nacional de Banda Larga - tem três anos e já era para o brasileiro ter banda larga e 3G com total rapidez. Mas nós estamos caminhando para um futuro excelente. A Copa do Mundo tem ajudado bastante o brasileiro, porque atrás do evento, e das Olimpíadas 2016, vai ser necessário que se faça melhoria nesses links de internet”, Sérgio Toledo, diretor industrial da WDC.
“A gente fazia uma ideia de 2.800 provedores de internet no Brasil. Já encontramos mais de 10 mil, muitos ilegais. Felizmente Anatel fiscaliza, aplica multas altíssimas e verifica se os produtos que o provedor comprou têm nota fiscal e estão legalizados. É importante que o consumidor fique atento com relação à legalização do provedor que utiliza”, relatou. A Expedição conclui hoje a medição de sinais da banda larga em Salvador.
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