sexta-feira, 30 de novembro de 2012

COMPUTERWORLD: Start-Up Brasil busca aceleradoras para impulsionar software nacional



A partir de hoje empresas podem mandar propostas para MCTI. Nessa primeira fase serão escolhidas seis companhias para apoiar 40 novos empreendimentos no setor.

Começa nesta sexta-feira (30/11) a primeira etapa do processo de seleção das aceleradoras que vão participar do programa do governo federal Start-Up Brasil para alavancar empreendedores de software no mercado nacional e internacional. O edital estabelecendo os critérios para envio das propostas das empresas interessadas em participar da concorrência pública está publicado no Diário Oficial da União (DOU) de hoje pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O programa Start-Up Brasil foi lançado na tarde desta quinta-feira (29/11), em São Paulo, pelo ministro Marco Antonio Raupp, como parte das ações do Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (TI Maior), anunciado em agosto último.

Conforme a COMPUTERWORLD adiantou informações sobre o edital, o Start-Up Brasil vai selecionar na primeira fase até seis aceleradoras que vão apoiar em 2013 um total de 40 empresas recém-criadas de software que tenham produtos ou serviços inovadores para competir no mercado global. As candidatas em acelerar esses empreendimentos terão até dia 31 de janeiro para enviar propostas de como vão ajudar a alavancar as startups do programa.

As seis aceleradoras vencedoras da licitação do MCTI serão conhecidas em 1º de março, levando em consideração quatro critérios: time e estrutura; rede de relacionamento; capacidade de acesso ao mercado nacional e internacional e o que o governo chama de mão-dupla, que é a paixão das empresas para estimular novos negócios.

Podem concorrer companhias nacionais e internacionais, desde que tenham atuação no Brasil. O secretário de Política de Informática (Sepin) do MCTI, Virgilio Almeida, informa que as candidatas também podem ser do setor privado ou público de governos estaduais e municipais.

"Queremos atrair cidades, como acontece nos Estados Unidos", afirma o secretário da Sepin. Ele explica que a participação dos municípios pode tornar suas regiões atrativas para as startups, criando polos de empreendedores, que vão diferenciar o local.

Após a assinatura de contrato com essas empresas, o governo começa a etapa de seleção das startups que serão atendidas pelas aceleradoras. Essa fase também será por meio de edital, previsto para ser publicado em abril de 2013.

Almeida informa que o programa prevê um aporte de 200 mil reais para cada startup no período de um ano. Esse valor será para investimento em pesquisa e desenvolvimento. Ele destaca que o objetivo do Start Up Brasil é fomentar a indústria nacional de software que tem aplicações inovadoras em áreas como óleo & gás, mineração e setor financeiro.

O ciclo de aceleração das startups, que serão eleitas pela concorrência pública, terá um período de duração de seis meses a um ano, sendo que a primeira fase vai de junho de 2013 até junho de 2014. Até 2015, o MCTI prevê alavancar 150 empresas recém-criadas de software.

As aceleradoras têm a missão de identificar esses negócios e torná-los viáveis rapidamente, buscando capital de risco que possa colocar essa empresa no radar internacional. Para isso, o programa do MCTI anunciou também a instalação de hub internacional no Vale do Silício, em San Francisco (EUA). Essa operação será coordenada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Trata-se de um escritório montado com toda infraestrutura para atender empresas brasileiras e colocá-las em contatos com investidores e companhias norte-americanas, interessadas em parcerias com o Brasil.

"Estamos buscando startups que possam ir para o mercado internacional", ressalta Almeida, já prevendo que nem todas serão bem-sucedidas. Empresas estrangeiras também podem participar do programa, desde que venham empreender no Brasil. "Queremos atrair cérebros e talentos de fora", afirma.

Para o ministro Raupp, o Star Up Brasil vai colocar o País no cenário internacional e alavancar produtos e serviços desenvolvidos localmente. Ele ressalta que essa ideia pode ser expandida para outros segmentos argumentando que o projeto vai gerar novos empregos, movimentar a economia e aumentar a competição do Brasil. "Vamos em frente com o pé no acelerador da inovação", brincou Raupp.

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