segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Olhar Digital: O que levou a Microsoft ao Rio de Janeiro?


Praias, turismo? Nada disso. Gigante da tecnologia foi fisgada pelo dinamismo econômico e competência acadêmica 
Não foi o potencial turístico que seduziu a Microsoft a investir R$ 200 milhões no Rio de Janeiro. A decisão de abrir na capital fluminense seu primeiro centro de tecnologia avançada no Brasil se deu pelo dinamismo econômico e competência acadêmica.

Esta é a percepção de Antonio Carlos Dias, diretor Comercial da Rio Negócios, ligada ao governo do estado. Por um ano e meio a agência intermediou as conversas com representantes da Microsoft, identificou oportunidades e argumentou por que o Rio de Janeiro era a melhor opção para os planos da empresa.

“Apresentamos números que fazem sentido e mostram uma outra ótica da cidade”, conta Dias. O executivo se refere especialmente à qualidade acadêmica oferecida na capital. Proporcionalmente, segundo ele, não há no Brasil um município com tantos engenheiros formados e escolas superiores com desempenho tecnológico tão satisfatório no Ministério da Educação quanto as do Rio.

Qualidade de vida, fortalecimento da cadeia produtiva e o aspecto acolhedor da cidade contribuíram, em segundo plano, para a decisão da Microsoft. “Estes aspectos ajudaram, mas não foram essenciais. No geral, conseguimos atender as aspirações da empresa”, completa Dias.

A Microsoft bateu o martelo no início de novembro. Os investimentos milionários serão feitos ao longo de quatro anos e o projeto tem o apoio do governo federal, da prefeitura carioca e de outros parceiros comerciais.

Três projetos serão desenvolvidos: uma aceleradora de negócios, a Acelera Rio, focada no desenvolvimento de empresas emergentes de base tecnológica, um Laboratório de Tecnologia Avançada (ATL, na sigla em inglês) da Microsoft Research e um centro de desenvolvimento do Bing, plataforma de busca da companhia.

“Nossa expectativa é estimular o fluxo do conhecimento entre as equipes de pesquisa, universidades locais, empresas startups e o mercado brasileiro, transformando o Rio de Janeiro em um hub tecnológico de grande efervescência", afirma Michel Levy, presidente da Microsoft Brasil.

O empreendimento será construído na casa Barão de Mauá, patrimônio histórico que será revitalizado para abrigar o centro de tecnologia, localizado numa região portuária. A aceleradora será o primeiro projeto a deslanchar, com operação prevista para o início de 2013.

Neste primeiro ciclo serão escolhidas 15 startups em um período de 24 meses. Nos três meses iniciais acontecerão as primeiras inscrições das candidatas e a seleção das finalistas; nos 18 meses seguintes, ocorrerá a aceleração em si, com o oferecimento de todo o apoio previsto pelo projeto. 

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