"Sempre tem um antes e um depois da automação residencial", diz o arquiteto João Segatto, 52, que classifica a mudança em sua casa no bairro da Aclimação, em São Paulo, como um divisor de águas. Ele controla remotamente vídeo, iluminação e cortinas e tem fechadura com identificação biométrica.
"O sistema é como computador, quando dá problema, é necessário reiniciá-lo. É um detalhe que pode ser entendido como um problema, mas não é", explica o arquiteto.
Toda a automação residencial que Segatto possui em casa custou por volta de R$ 65 mil, incluindo TV e home theater. "Mas o valor depende do projeto", relativiza ele.
Satisfeitos também estão o casal Renata Ferrari Zacaro e Guilherme Pereira e Oliveira. Ela demorou um pouco para se adaptar à interface do sistema, mas, quando isso aconteceu, gostou da novidade.
"O manuseio é difícil no começo. Mas olhar para a TV e não ver aquele monte de fios atrás já é um alívio", relata a veterinária em entrevista por videoconferência.
Enquanto ela conversa com a reportagem da Folha, o marido usa a webcam para fazer demonstrações do sistema de automação do apartamento deles na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Tocando e arrastando um botão na tela de um smart-phone, Oliveira apagava luzes e controlava o som ambiente dos cômodos.
O próximo passo do casal será a instalação de um sistema de comando de voz, com custo total de R$ 7.000.
Identificação biométrica no apartamento do arquiteto João Segatto, em Aclimação, na zona sul de São Paulo
PAPAGAIO DESBOCADO
"É engraçado porque o comando de voz responde e cumpre as ordens. Se você o xingar, ele te xinga de novo, porque ele é programado para não receber ofensas", diverte-se Oliveira.
O investimento na "inteligência" do apartamento ultrapassa os R$ 47 mil desde 2008.
"De lá para cá, as interfaces baratearam bastante. É verdade que aproveitamos toda a estrutura que já tínhamos, mas mesmo assim é impressionante como os preços estão se tornando cada vez mais convidativos", analisa.
Mas compensa? "Estou muito satisfeito com o sistema. Controlar a casa de qualquer lugar vale a pena", diz Oliveira. Renata completa: "Ajuda a cuidar dos gatos nas viagens". Ela usa a rede de câmeras para observar os bichos a distância.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
deixe aqui seu comentário