segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

IDG Now!: Microsoft une equipes contra fraude que rouba US$ 32 bi de anunciantes



Empresa diz que gangues criam malwares e sistemas para gerar cliques falsos em links de anúncios, o que gera prejuízo para o mercado.

A Microsoft está unindo analistas de softwares maliciosos com especialistas em fraude publicitária online, em um esforço para impedir a atuação de cliques falsos na web - golpe em que os anunciantes pagam por cliques sem valor.

A Microsoft Malware Protection Center (MMPC) irá trabalhar com a equipe forense de anúncios online do Bing, escreveu o desenvolvedor de software da MMPC, Nikola Livic.

Conjuntos de dados sobre malwares serão relacionados a cliques em publicidade, com o intuito de detectar comportamentos potencialmente fraudulentos, escreveu o desenvolvedor. "Estamos tomando dois domínios relativamente díspares de conhecimento e ferramenta - malware e publicidade online - e iremos criar sistemas de prevenção e processos para identificar uma cadeia inteira de responsáveis por cliques fraudulentos", escreveu Livic. "Dessa forma, evitaremos o fluxo de dinheiro ilícito do adCenter".

A Microsoft citou estatísticas da NSS Labs, uma companhia que avalia e testa sistemas de segurança, que mostram que 60% a 70% dos softwares maliciosos foram projetados para, de alguma forma, produzir links falsos. "Até o momento identificamos três famílias de softwares maliciosos que trouxeram ganhos aos responsáveis pelo clique falso", disse Livic.

Golpes de cliques fraudulentos atingem anunciantes que pagam pelos cliques que não dão qualquer retorno. Esse tipo de golpe também é uma área delicada para as redes de publicidade, que podem se beneficiar financeiramente de mais cliques, mas podem perder o negócio se as fraudes aumentarem.

A Microsoft citou algumas estatísticas surpreendentemente altas para basear a sua afirmação de que cliques fraudulentos são um "buraco" no mercado de publicidade online, que levou 32 bilhões de dólares no ano passado. A gigante coletou os dados a partir de um trabalho de pesquisa apresentado em agosto na conferência ACM Special Interest Group on Data Communication, que ocorreu em Helsinque, na Finlândia.

O artigo, escrito por dois pesquisadores que trabalham para a Microsoft Research e um da Universidade do Texas, procurou estimar cliques fraudulentos, medindo o número de usuários que clicaram em um anúncio versus aqueles que acabaram no site do anunciante por algum motivo. Eles estudaram 10 redes de anúncios, incluindo aqueles de grandes companhias como Google, Microsoft e Facebook. Nenhuma dessas empresas liberou detalhes sobre a fraude do clique em suas redes para serem usados pelos pesquisadores.

Ainda restam muitas incógnitas que dificultam a medição de cliques falsos, escreveram os pesquisadores. As redes de anúncios não sabem a taxa de falso negativo em seus sistemas de detecção, ou quando um clique falso não é detectado, o que resulta em uma subestimação desse tipo de golpe. 

Companhias de terceiros de análises também não permitem que seus sistemas sejam verificados, o que faz com que redes de propaganda afirmem que eles superestimam os cliques fraudulentos, de acordo com o estudo.

Os pesquisadores disseram ter encontrado "provas irrefutáveis de comportamento duvidoso em cerca de metade dos cliques em anúncios provenientes de sites de pesquisas e um terço dos cliques em anúncios para dispositivos móveis". No geral, cerca de 22% dos cliques em anúncios eram falsos, escreveu Livic.

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