Se o consumidor final já está comprando um tablet no lugar de um computador pessoal, nas corporações essa tendência ainda não é realidade. Boa parte das organizações mantém os orçamentos para a aquisição dos PCs para rodar seus aplicativos, destaca estudo divulgado nesta terça-feira, 15/01, pelo Gartner.
"Considerando que, uma vez que imaginamos um mundo onde usuários individuais possuem ambos computador e tablet como dispositivos pessoais, nós suspeitamos que a maioria dos indivíduos migrará a atividade de consumo para um tablet pessoal e administrará tarefas em um PC compartilhado", projeta o analista chefe da Gartner, Mikako Kitagawa.
"Essa transformção foi desencadeada pela disposição de tablets com baixo custo convincentes em 2012, e continuará até que a base de PCs diminua para acomodar os tablets como dispositivos primários de consumo", acrescenta o executivo. A indústria tradicional de PCs teve nas corporações a 'salvação da lavoura' nas vendas dos computadores tradicionais.
Se no período de festas, o consumidor final foi às compras em busca dos tablets e dos smartphones mais modernos, as empresas mantiveram seus pedidos e adquiriram PCs para o compartilhamento de suas aplicações. "Os números mostram que houve uma boa demanda de PCs profissionais nos três meses finais de 2012", diz Kitagawa.
Quem está no meio dessa batalha travada pela indústria de hardware é o Windows 8, da Microsoft, avalia a consultoria. De acordo com o Gartner, o novo sistema operacional da Microsoft depende do sucesso das máquinas sensíveis ao toque, que devem desembarcar no mercado ainda em 2013. "Mas esses equipamentos não terão impacto nas vendas globais dos PCs", adverte o levantamento.
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