quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

TI INSIDE: Big data deve abrir grandes oportunidades para segmento de mainframe, avalia executiva



Computação em nuvem e aplicações web vem ganhando cada vez mais espaço com a tendência de big data — enormes volumes de informações que precisam ser tratadas, por envolverem dados não estruturados provenientes das mais diversas fontes. Para a Attachmate, empresa especializada em software para emulação de terminais de maninframe, esse movimento no mercado, ao contrário do que se possa imaginar, também favorece as infraestruturas baseadas em computadores de grande porte.

Em entrevista exclusiva à TI INSIDE Online, a presidente mundial da Attachmate, Kathleen Orwins, observa que infraestrutura de mainframe é erroneamente mencionada por entusiastas da computação em nuvem e web como ultrapassada. "O mainframe oferece possibilidades fenomenais de escalabilidade. Por isso, quem já contratou essa plataforma está interessado em explorar tudo o que há de melhor nela." Segundo ela, antes de investir em novas tecnologias, as companhias procuram aprimorar a infraestrutura já existente, com especial preocupação com a segurança, principalmente os setores que adotam esse tipo de computador. De acordo com a IDC, o Brasil tem a quinta maior base de mainframes do mundo, sendo 59% dos clientes do setor financeiro, 14% de telecomunicações e 5%, governo.

Conforme explica o presidente da empresa para o Brasil, Sergio Toshio, os grandes provedores de serviços também fazem parte das companhias que dependem do mainframe para evolução dos negócios, já que armazenam elevadas quantidades de dados críticos, que devem ser facilmente acessados para atividades indispensáveis — um call center, por exemplo. Ou seja, do mesmo modo que não podem abandonar o mainframe, precisam de plataformas flexíveis, com ganho de eficiência. “Antigamente, o mainframe era gerenciado pelo método de sequência de telas. Hoje, a busca por interfaces mais amigáveis, ágeis e baseadas em ícones melhorou a produtividade do operador de telemarketing, por exemplo, que necessita usar dados de uma determinada aplicação no mainframe em mais de uma frente”, explica.

Toshio antecipa que a empresa está preparando o lançamento, nos próximos meses, de uma solução que disponibiliza informações ao usuário final de maneira criptografada e gerenciada em tablets e smartphones. A plataforma faz a emulação do mainframe para extração de dados críticos, de forma segurança e monitorada.

Conforme conta Kathleen, a subsidiária do Brasil, assim como as dos demais mercados emergentes, vem registrando um crescimento mais acelerado do que o restante do mundo. Há 14 anos no país, a Attachmateo Brasil responde por pouco mais da metade dos negócios na América Latina. Ao todo, a subsidiária regional emprega 100 pessoas, sendo mais de 50 na operação brasileira. Apesar de não revelar números por ser uma companhia de capital fechado, a executiva diz que a perspectiva com os eventos esportivos como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 irão contribuir para “manter o crescimento de dois dígitos da empresa”. 

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