quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

IdgNow!: Preparado para a era da computação consciente?



2015. Consumidores vão usar e interagir com múltiplos aparelhos conectados e ativados por sensores, conduzidos por aplicações e serviços que criam ecossistemas conscientes, independentes de plataformas ou sistemas operacionais.

Traçado pelo Gartner, este cenário será estará em discussão durante a Conferência Infraestrutura de TI, Operações e Data Center, que acontece nos dias 9 e 10 de abril, quando serão abordadas as principais tecnologias e tendências do mercado móvel e wireless.

Na opinião do Gartner, a computação consciente é uma evolução natural de um mundo conduzido, não por dispositivos, mas por coleções de aplicativos e serviços que se ampliam, por meio de múltiplas plataformas, e existem fora de telas conectadas, como telefones, tablets, PCs ou TVs. Já comentamos um pouco disso aqui, no blog, quando falamos de Internet das coisas e das comunicações máquina à máquina (M2M) e em um artigo sobre estudo da IBM sobre a era dos sistemas cognitivos, na qual computadores irão, do seu jeito, ver, cheirar, tocar, sentir e ouvir.

“A computação consciente aprimora o dispositivo conectado e os serviços de nuvem pessoal, permitindo uma atividade de integração perfeita, ligada a aparelhos “invisíveis” e ativados por sensores, otimizados para um determinado conjunto de funções. Os dados e informações podem ser vinculados a outros serviços, pelos ecossistemas, plataformas e sistemas operacionais maiores”, afirma Elia San Miguel, analista do Gartner, que apresentará diversas palestras sobre mobilidade durante a Conferência.

Como resultado, as aplicações são completamente cientes de ação e inação, não precisam ser ligadas/desligadas e fornecem uma maior quantidade de informações relevantes que podem, eventualmente, levar a uma mudança comportamental. Isto é algo impossível em aplicações ou dispositivos autossuficientes. Os consumidores não precisam adotar ou se comprometer, totalmente, com uma plataforma ou serviço. Podem adotá-los por meio de interação em longo prazo e compras feitas por funções, realizadas por tarefas de curto prazo.

“Uma das experiências da computação consciente é que os dispositivos que levam o conhecimento caem em um chamado ‘espaço invisível’. Definimos como uma combinação de aparelhos e serviços unidos para formar uma experiência que não se consegue perceber no dia a dia. Na prática, os consumidores esquecerão que carregam o aparelho, que ele está desgastado ou usado até que precisem interagir com os mesmos para controlar ou obter um retorno, em termos de dados ou de informação”, diz a analista do Gartner.

Os dispositivos invisíveis e conscientes, que vão, desde relógios de pulso, porta-chaves, termostatos e sapatos, podem se tornar extraordinariamente valiosos para o usuário quando conectados aos serviços apropriados para ampliar o seu uso. Embora as ideias por trás dos atuais dispositivos conscientes estejam presentes há mais de uma década, na tecnologia “para vestir”, como a dos relógios inteligentes, na maioria das vezes, elas custaram a cair no gosto do consumidor, devido aos altos custos, o baixo valor percebido, a ênfase na tecnologia sobre a forma e a necessidade de existirem como produtos autossuficientes e serviços que não podem se ligar a um ecossistema/plataforma maior. Agora isso começa a mudar.

“Os serviços e ecossistemas de nuvem pessoal são o centro da experiência do consumidor digital. Combinados com conexões cada vez mais onipresentes, os aparelhos conscientes oferecem novas oportunidades de conduzir à adoção de novos dispositivos e agir como um ponto de inflexão para a adoção por parte do consumidor. Na medida em que os novos aparelhos digitais ficarem menores, conectarem-se a aplicações de automação residencial e de aptidão pessoal e aumentarem a funcionalidade do usuário, teremos um crescimento do uso de múltiplos dispositivos nos lares”, afirma Elia San Miguel.

A Era da comunicação M2M já chegouSegundo números da Anatel, o Brasil os chips M2M (6.747.850 milhões) superaram a quantidade de chips para o acesso à banda larga móvel no fim de 2012, respondendo por 2,58% das conexões de dados. No Mundo, a Cisco prevê que já em 2-17 os dispositivos conectados às redes móveis excederão o número de habitantes do planeta, que segundo as projeções deverá estar perto de 7,6 bilhões. Haverá perto de 10 bilhões de dispositivos móveis , parte dos quais serão módulos de M2M.

Vários observadores consideram que se alcançou um momento de impulso graças a uma confluência de fatores. No mundo, o preço dos sensores e dos processadores caiu nos últimos anos. E o custo das redes sem fios acompanhou essa tendência.

O surgimento de dispositivos mais poderosos, mais baratos aliado a custos de conectividade de rede móvel mais baixos estão na origem de uma explosão no número de dispositivos conectados e do volume de dados gerados por eles, segundo pesquisa da Oracle, realizada pela Beecham Research.

Em muitas operadoras, especialmente no Brasil, esse processo foi iniciado com a ofertas de serviços verticais de telemetria e smart grid para iluminação pública. Os dados gerados por sistemas M2M estão sendo cada vez mais usados para fins estratégicos e de criação de valor nas empresas, segundo o estudo. Estão tornando-se um um meio para a criação de novas oportunidades de negócio, a partir da criação de serviços transversais a vários setores, muitos deles relacionados com os consumidores finais, proporcionando também vantagem competitiva a usuários empresariais em mercados-chave.

O futuro das operadoras

A maioria das soluções implementadas baseia-se ainda na tecnologia 3G, mas as comunicações 4G trazem novo fôlego.

Hoje, a GSMA anunciou que as receitas de dados das operadoras de comunicações móveis vão superar as receitas com serviços de voz em todo o mundo até 2018, conforme o mundo se tornar mais conectado. A explosão dos dados móveis é resultado direto do aumento da demanda por dispositivos conectados e comunicações M2M.

Esta semana, durante o Mobile World Congress 2013, que começou ontem em Barcelona, a GSMA, apoiada pela a AT&T, Deutsche Telekom, KT, Telenor Connexion e Vodafone, montou sua Cidade Conectada (Connected City), que permitirá que os participantes vivenciem em primeira mão a cidade do futuro, onde tudo e todos poderão se beneficiar de conexões wireless inteligentes e dos sistemas que evoluirão para a computação consciente.

A Cidade Conectada conta com um ambiente urbano completo, que inclui uma prefeitura, loja de departamento, apartamentos, loja de materiais elétricos, hotel, cafeteria e lounge, escritórios, showroom de carros e uma rua. Cada área apresenta novos produtos e experiências que mostram como um futuro mais conectado – alimentado pela conectividade móvel – melhorará o dia a dia das pessoas na área de automóveis, educação, saúde, casa, varejo, entre outras.

As tecnologias em uso na Cidade Conecta são oferecida por empresas como Accenture, AirPlug, AQ, CUDO, DASAN Networks, Digi, Enswers, Ericsson, FRTek, GES, Hansol Inticube, IBM, Intel, MODACOM, Qualcomm, Samsung, SAP, Teletron e Volvo.

O objetivo da GSMA com a inciativa é a de que a Cidade Conecta a cidade nos inspire muitos setores a reconhecerem o potencial da conectividade móvel são ilimitadas e que o surgimento de um mundo realmente conectado depende apenas da nossa imaginação como governantes, empresários e consumidores.

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