quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

G1: Jovens investem em empresa especializada na locação de tablets



Dois jovens empreendedores resolveram investir na locação de tablets, em Curitiba. O engenheiro civil Victor Coelho, de 24 anos, e o estudante de administração Fernando Baggetti, de 22 anos, abriram, em agosto de 2012, uma empresa especializada no aluguel do equipamento. O empreendimento surgiu após uma “pesquisa de novas ideias”, como explicaram os sócios, que desejavam empreender.

O G1 publica, até sexta-feira (1º), a série de reportagens que conta a história de empreendedores virtuais. Eles levaram para a internet boas ideias, disponibilizando serviço ou produtos diferenciados no meio eletrônico, que cresce em grande escala no país.

“Encontramos em Barcelona, Madri e Paris empresas que alugam tablets. Lá, a locação é mais voltada para o turismo”, relatou Baggetti. Para inovar no serviço, os rapazes desenvolveram aplicativos próprios. “Não queríamos apenas alugar o tablet”, afirmou Coelho.

Um cardápio digital, um cadastro para banco de dados, uma pesquisa de satisfação e um catálogo eletrônico estão entre os aplicativos desenvolvidos em parceria com terceirizados. “O cardápio digital foi muito bem aceito nos restaurantes. Essa tecnologia moderniza o estabelecimento. É possível montar um cardápio com bastante informação e fotos”, garantiu o engenheiro.

Os sócios já estão de olho no mercado para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil e terá a capital paranaense como uma das cidades-sede. “Na falta de mão de obra fluente em outras línguas, o aplicativo é muito útil”, disse Coelho. O cardápio digital tem versão em três idiomas: português, inglês e espanhol.

A empresa atinge pessoas físicas e jurídicas. Nos seis meses de atuação, já atendeu mais de 40 clientes. Atualmente, eles contam com um estoque de 30 tablets. “A gente adquire de acordo com a demanda. Não adianta ter um estoque muito grande porque os tablets estão sempre sendo atualizados e nós queremos oferecer um material com tecnologia de ponta”, contou o estudante de administração.

A expectativa dos sócios é de crescimento. Eles explicam que o principal adversário é a falta de conhecimento das pessoas sobre o serviço que prestam. Por essa razão, eles têm investido na prospecção de clientes e em novas ideias. “É um serviço novo que cresce junto com o mercado”, pontuou Baggetti.

A empresa oferece dois modelos de tablets. A diária custa R$ 17,90; já na locação por uma semana, a diária sai por R$ 13,99. Também é possível alugar o aparelho anualmente por R$ 4,99 a diária. Os tablets alugados pela empresa custam, em média, entre R$ 1.800,00 e R$ 2.500,00.

 
Empreendimento surgiu após uma 'pesquisa de 
novas ideias' dos sócios Victor Coelho, de 24 anos, 
e Fernando Baggetti, de 22 anos.

Na agência de publicidade em que o produtor de eventos Luan Lodi trabalha, a locação de tablets é comum. “É uma ferramenta que utilizamos bastante todo mês”, disse. Ele explicou que a agência prefere alugar os equipamentos ao invés de comprá-los por segurança. “É mais seguro. Não temos um local apropriado para armazenar os tablets, então assumiríamos um risco desnecessário. Vale mais a pena locar”.

O produtor de eventos contou que os aparelhos são utilizados para vários fins. “No lançamento de empreendimentos de uma construtora, precisávamos comunicar de alguma forma. Optamos pelo tablet para mostrar as fotos”, relatou. A agência de publicidade também já usou o equipamento como banco de dados para captar mailing e como cardápio em eventos. “Às vezes, precisamos buscar clientes no aeroporto. Utilizamos o tablet no lugar da placa para ficar esperando as pessoas no desembarque”.

Já o aposentado Noé Pereira de Campos, de 67 anos, alugou o aparelho para uma viagem com a esposa. “Fomos passar um fim de semana em Cananéia [litoral de São Paulo] e locamos o tablet. Minha mulher se distraiu durante a viagem eu escutei sermões”, contou. Eles decidiram alugar o equipamento para testar qual seria a utilidade do tablet em uma viagem. Como viajam com frequência, já pensam em comprar um tablet, porém, por não ser prioridade, sempre fica para depois. “A experiência valeu a pena sem dúvida nenhuma. Nota dez. Aprovado”, garantiu o aposentado.

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