sexta-feira, 1 de março de 2013

Convergência Digital: Governo define as nove aceleradoras da primeira fase do Start-Up Brasil



Com 23 propostas à mesa, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação revisou o processo de escolha e ampliou de seis para nove as empresas habilitadas para atuarem como aceleradoras das startups. São elas: Aceleratech, Microsoft, Papaya, Pipa, Wayra, 21212, Fumsoft, Outsource e Start You Up. A maior parte com atuação em São Paulo e Rio de Janeiro. No total, essas aceleradoras vão investir R$ 36 milhões num período de 12 meses, sem nenhum recurso público. "Recebemos propostas do Nordeste, do Centro-Oeste e do Sul. Todas muito boas. Acreditamos que no próximo ciclo, essa concentração não vai mais acontecer", ponderou o secretário da Sepin, Virgílio Almeida.

O anúncio das aceleradoras selecionadas - feito nesta quinta-feira, 28/2, na capital paulista cumpriu à risca o prazo definido no anúncio do programa Start Up Brasil, anunciado em 30 novembro passado, e que integra o plano TI Maior. "A iniciativa de empreendedorismo depende de uma parceria público-privada. E o processo, da nossa parte, precisa ser ágil para mostrar que há um rumo, uma política sendo executada", destacou o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgílio Almeida. As empresas tiveram até 30 de janeiro para mandar suas propostas. No total, foram enviadas 23 propostas.

As nove aceleradoras selecionadas terão, agora, que investir, nos próximos 12 meses, R$ 20,5 milhões em dinheiro e R$ 15,5 milhões em infraestrutura (escritório, serviços de informática, oferta de nuvem, viagens, etc.). Nessa etapa não há nenhuma participação de recurso público. O governo vai entrar com subvenção a partir de junho - quando serão selecionadas 100 startups para serem 'aceleradas' pelas empresas escolhidas. A ideia é que entre 8 e 10 empresas fiquem sob o guarda-chuva de cada uma das 9 aceleradoras escolhidas.

"Daqui até o final de março, quando o ministro Marco Antonio Raupp anuncia o programa de subvenção, com o CNPq, para a seleção das startups, onde cada uma receberá até R$ 200 mil, as aceleradoras e o governo vão fazer um ajuste fino no cronograma das atividades. As empresas vão escolher as startups, mas haverá uma comissão do governo. O objetivo é que não apenas empresas de Internet sejam beneficiadas. Queremos empresas de software específicas para óleo e gás", exemplifica Rafael Moreira, coordenador de software e serviços do MCTI e um dos idealizadores do programa Start Up Brasil. Expectativa é grande para a participação das empresas nascentes. Apesar de não ter um número referência, o secretário da Sepin, Virgílio Almeida, diz que mais de 1000 startups devem disputar a seleção

A escolha das nove aceleradoras não teve a participação - ou direito a voto - do MCTI/Sepin. "Nós ficamos na organização, mas preferimos montar uma comissão à parte para dar idoneidade ao processo", contou Almeida. Participaram da comissão, Paulo Oliveira, da Brain, ligada aos fundos de investimentos, Felipe Matos, pela parte de empreendedorismo, Marcos Vinicius de Souza, diretor de fomento à inovação do MDIC, pelo governo, Alexandre Mota, do CNPq, e o professor Niveo Ziviani, da Universidade Federal de Minas Gerais.

Questionado sobre o impacto da forte concentração no Rio de Janeiro e São Paulo, Virgilio Almeida disse que esse é o cenário atual do empreendedorismo brasileiro. "Queremos muito abrir o leque. O que mais nos dá satisfação é que houve boas propostas - que acabaram não sendo selecionadas - da Bahia, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul. No próximo ciclo, temos certeza que teremos uma distribuição melhor no país. Recife, com o Porto Digital, preferiu entrar numa fase posterior", afirmou.

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