quinta-feira, 18 de abril de 2013

COMPUTERWORLD: Usuários de mobile banking triplicam no Brasil



O crescimento vertiginoso das vendas de smartphones no Brasil está impulsionando o avanço do mobile banking no País. Dados divulgados nesta quarta-feira (17/04) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelam que o volume de transações por meio dos dispositivos móveis aumentou 333% ano passado. Em 2012, foram realizadas 823 milhões de transações por esse canal, ante 190 milhões de operações registradas no ano anterior.

O número de usuários de mobile banking cresceu 2,7 vezes, segundo pesquisa realizada pela Febraban em parceria com a Booz&Company. O estudo que traz uma radiografia sobre o uso de TI nos bancos brasileiros entre 2008 e 2012, revela que atualmente existem 6 milhões de correntistas utilizando smartphones. Em 2011 esse número era 1,6 milhão de contas.

Apesar desse avanço, apenas 2,3% fazem de fato movimentações financeiras pelo mobile banking. Ou seja, a maioria utiliza o canal para consultar saldo e extrato. Para Luis Antonio Rodrigues, diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da Febraban, essa taxa é significativa, considerando em 2008 a fatia do banco móvel era 0,04%.

Já o internet banking representou 39% dos 35,7 milhões de transações realizadas pelos bancos em 2012, apontado como o meio virtual preferido dos clientes. O volume de transações por esse canal subiu 23,7% no ano passado em comparação com 2011. Mas ainda assim, a web responde só por 20% das movimentações financeiras, enquanto que os ATMs processam mais de 50% das operações. 

Rodrigues afirma que os bancos têm o desafio de investir mais nesse serviço para aumentar a experiência do usuário e tornar o internet banking mais amigável.

Ao mesmo tempo em que aumenta o volume de acessos ao mobile banking e internet banking, cai preferência dos clientes pelos ATMs, com participação de 26% do número de transações em 2012, ante 27% em 2011. 

Os POS (máquinas usadas pelo varejo) reduziram de 13% para 12% a fatia no volume de transações financeiras, enquanto o call center respondeu por 4% das operações. Já a fatia da agência diminuiu de 12% para 11% sua representação nas transações no ano passado.

Com o aumento do acesso ao banco pelos canais virtuais, as instituições registraram uma redução do custo por transação, que passou de 0,27 centavos para 0,25 centavos em 2012. Em 2008, esse valor estava em 0,30 centavos.

Rodrigues observa que essas quedas refletem no comportamento do usuário que prefere usar mais os meios virtuais que os tradicionais para acessar o banco. Essa tendência sinaliza que o call center e a agência terão de mudar o seu papel e focar mais no relacionamento com os clientes.

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