quarta-feira, 24 de abril de 2013

IDG Now!: Ondas cerebrais podem ser a segurança para tecnologia vestível, diz estudo


Com a nova onda de dispositivos "wearable" ganhando força, a autenticação baseada em pensamento parece um caminho natural na segurança desse tipo de tecnlogia


Com a expectativa da próxima onda em eletrônicos de consumo voltada para tecnologias "vestíveis" (wearable), como pulseiras, relógios e óculos inteligentes, especialistas estão esperançosos de que a autenticação baseada em pensamento - que uma pesquisa recente mostra que é possível - pode ter um impacto significativo sobre tal tecnologia.

Dispositivos wearable vão monitorar tudo, de rotinas de exercícios à qualidade do sono e sinais vitais. Porque eles estão tão perto do corpo, a incorporação de sensores que leem as ondas cerebrais para identificar o usuário seria um meio fácil e discreto de autenticação, afirma o pesquisador da Universidade da Califórnia, John Chuang, em um estudo sobre autenticação baseada em pensamento.

"Os dispositivos de computação vestível são um candidato natural para a integração com este tipo de tecnologia", disse Chuang.

Primeiro passo: identificar a ação de ondas cerebrais

Embora isso possa ser verdade, a autenticação baseada em pensamento está a anos de distância de se tornar "objetivo principal". O que Chuang e seus colegas fizeram foi atingir 99% de precisão na identificação de ondas cerebrais únicas de 15 alunos de graduação e pós-graduação que participaram do estudo.

Os pesquisadores foram capazes de fazê-lo usando um fone de ouvido de jogos off-the-shelf que captou sinais EEG (eletroencefalograma).

O analista da Gartner, Trent Henry, disse que os resultados são "interessantes" e justificariam um estudo mais aprofundado. "É certamente emocionante para justificar alguma pesquisa adicional, mas estamos longe, muito longe de viabilizar um mercado para este tipo de tecnologia", disse Henry.

A biometria vem sendo estudada há algum tempo como forma de substituir ou complementar os nomes de usuário e senhas. Existe tecnologia para leitura de impressões digitais, escaneamento de retinas e reconhecimento de voz de uma pessoa.

No estudo, cada indivíduo usou o Mindset da NeuroSky que coloca um único sensor de contato seco na testa. Diferente do sensor, o dispositivo parece o mesmo que qualquer fone de ouvido Bluetooth usado com telefones celulares, tocadores de música e outros dispositivos de computação. O Mindset custa cerca de 100 dólares.

O fone de ouvido é muito mais simples do que os sistemas de EEG utilizados em ambientes clínicos. Esses sistemas utilizam um denso conjunto de eletrodos colocados na cabeça de uma pessoa para fornecer até 256 canais de dados.

Testando tarefas repetitivas

No experimento, os indivíduos repetiam cada uma das sete tarefas cinco vezes durante duas sessões, fornecendo aos investigadores um total de 1050 amostras de dados de ondas cerebrais.

As tarefas incluiam:


  • Fechar os olhos e concentrar-se na respiração durante dez segundos;
  • Selecionar um movimento repetitivo de um esporte e imaginar mover o corpo para realizar tal movimento;
  • Cantar uma música silenciosamente ou recitar uma passagem;
  • Abrir os olhos depois de ouvir um tom de áudio e olhar para um ponto em um pedaço de papel por cinco segundos;
  • Contar silenciosamente o número de caixas da cor de sua escolha entre uma grade de caixas coloridas;
  • Concentrar-se em um pensamento de sua escolha por dez segundos.
Os pesquisadores descobriram que os sinais de EEG exibiam padrões que eram exclusivos dos indivíduos. Eles também descobriram que a tarefa mental realizada não importava em termos de produção de padrões de identificação. No entanto, as pessoas preferiram tarefas nas quais elas escolhiam uma cor em segredo, pensamento, música ou passagem.

Em um nível prático, o estudo tem suas fraquezas. Ter de se concentrar em um pensamento por cinco a dez segundos pareceria uma eternidade no mundo da computação, onde as pessoas esperam por respostas instantâneas. Além disso, o estudo não investigou se um imitador poderiam usar com sucesso a "senha-pensmento" de alguém.

No entanto, o experimento move a autenticação por ondas cerebrais para frente, e mostra que a tecnologia é merecedora de um estudo mais aprofundado.

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