quinta-feira, 11 de abril de 2013

Inovação Tecnologica: Brasileiros vencem competição de chips de alto-desempenho


Da esquerda para a direita: Gracieli, Jozeanne, Reimann, 
Reis, Flach e Johann.

A Intel promoveu uma competição para a análise de ferramentas aplicadas ao projeto de chips de alto-desempenho.

Representando algumas das melhores universidades de todo o mundo, principalmente dos EUA e da Ásia, 18 equipes participaram do desafio.

A equipe da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) venceu a competição, obtendo a primeira colocação em dos critérios avaliados e a segunda posição no outro.

O grupo era formado pelos doutorandos Gracieli Posser, Guilherme Flach, Tiago Reimann, e Jozeanne Belomo, com orientação dos professores Marcelo Johann e Ricardo Reis.

O International Symposium on Physical Design tem como temas centrais todos os aspectos do projeto físico de circuitos integrados, ou chips como são mais popularmente conhecidos, abordando sua a arquitetura, comportamento eletrofísico, níveis lógicos, verificação e análise de desempenho.

A competição organizada por pesquisadores da Intel procurou abordar o problema da redução de potência estática, que afeta o desempenho de circuitos de alto rendimento, como processadores de computadores.

As equipes participantes tiveram suas ferramentas avaliadas segundo dois critérios: o resultado absoluto, com medição detalhada do atraso de transmissão de sinais fornecidos por uma ferramenta comercial, e a melhor relação entre tempo e qualidade.

Automação de Design Eletrônico

"As chamadas ferramentas EDA - Electronic Design Automation, ou Automação de Design Eletrônico - tratam da automação do projeto físico de chips e buscam otimizar o particionamento do circuito, o posicionamento, roteamento e dimensionamento de seus componentes, chegando até a uma síntese automatizada do layout da rede de transistores," explica o professor Ricardo Reis.

Essa temática tem ganhado cada vez mais importância, uma vez que os projetos de chips estão cada vez mais complexos, o que torna crucia a automação da elaboração do projeto.

"Projetos eficientes influenciam diretamente na performance do chip, sua temperatura de operação e confiabilidade. Por isso, as ferramentas de Automação de Design Eletrônico têm obtido tanto destaque. A competição serviu para mostrar que a tecnologia desenvolvida no Brasil é original e está no estado da arte", conclui Reis.

O Instituto de Informática da UFRGS é um dos participantes da rede de 27 instituições de pesquisa que compõem o INCT Namitec (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Nano e Microeletrônicos), cujo foco de pesquisa é na área de microeletrônica.

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