terça-feira, 28 de maio de 2013

Convergência Digital: BYOD desafia gestores de TI no Brasil



O fenômeno BYOD (Bring Your Own Device, ou Traga Seu Próprio Dispositivo, em português) e os benefícios da mobilidade estão sendo mais utilizados pelas corporações nos países emergentes do que em mercados maduros, de acordo com uma pesquisa da Ovum. Seguir essa tendência vem da predisposição de profissionais em mercados de alto crescimento para "viver para trabalhar", assim como da menor disposição das empresas de prover aparelhos celulares e tablets.

Outro estudo da Ovum sobre o comportamento e as atitudes BYOD de funcionários revela que, em 17 mercados, 57,1% dos funcionários de tempo integral estão envolvidos com alguma forma de BYOD. Além disso, quando dividido por mercado, há uma tendência clara: 75% dos entrevistados em mercados emergentes de "alto crescimento" (incluindo Brasil, Rússia, Índia, Emirados Árabes Unidos e Malásia) demonstram uma propensão muito maior em usar seus próprios dispositivos no local de trabalho, em comparação com os 44% em mercados mais maduros.

De acordo ainda com o estudo, os funcionários em mercados de alto crescimento veem o BYOD como uma forma de progredir em suas carreiras, com 79% acreditando que a contínua conectividade com as aplicações de trabalho lhes permite realizar melhor suas funções, em comparação com a parcela de 53,5% em mercados maduros.

"Funcionários em economias emergentes estão demonstrando uma atitude mais flexível em relação ao horário de trabalho e estão felizes por usarem seus próprios dispositivos. Enquanto isso, em mercados maduros, os funcionários se acomodaram em padrões confortáveis de comportamento", explica o analista da Ovum, Richard Absalom. "Esse comportamento vai moldar não só futuros padrões de mobilidade das empresas em mercados de alto crescimento comparados com mercados maduros, mas também vai ditar quais mercados irão se beneficiar mais, estruturalmente, com essa revolução no modo e no local onde trabalhamos". 

O diretor de soluções tecnológicas da PromonLogicalis, Julian Nakasone, sugere que a tendência do BYOD veio para ficar, especialmente devido à entrada de uma nova geração, mais flexível e conectada, ao mercado de trabalho. "Assim como acontece com muitos novos avanços tecnológicos, o BYOD não é para todas as empresas, e a realidade de cada cliente deve ser avaliada detalhadamente", afirma o executivo. "Porém, não vai demorar muito para que mais pessoas reconheçam os benefícios e, então, as organizações precisarão estar preparadas. Gerenciar riscos e controlar a adoção de uma nova iniciativa é fator decisivo”, conclui. 

Para as empresas, ainda que seja promissor ver os departamentos de TI enfrentando, e incentivando, o BYOD, a Ovum adverte que muitas atividades BYOD não são gerenciadas. Daqueles entrevistados que levam seus próprios equipamentos para o trabalho, 17,7% afirmam que os departamentos de TI de suas empresas realmente não têm conhecimento disso, enquanto outros 28,4% dos entrevistados dizem que os gestores de TIC ignoram ativamente que isso está acontecendo.

"BYOD não gerenciado gera um grande risco de segurança para os dados, e as implicações de perda de dados confidenciais por meio de um dispositivo pessoal podem ser terríveis nas perspectivas financeira e de reputação. Todas as empresas devem entender o comportamento de seus funcionários, que pode ser influenciado por sua localização, e devem gerenciá-lo de acordo com seu perfil de risco", conclui Absalom.

Fonte: Telecom, OD desafia gestores de TI no Brasil - Convergência Digital -. "BYOD desafia gestores de TI no Brasil - Convergência Digital - Telecom." Convergência Digital. http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=33887&sid=8&utm_source=feedly#.UaSyCqJQGp4 (accessed May 28, 2013).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

deixe aqui seu comentário