quinta-feira, 2 de maio de 2013

G1: Anúncio inteligente 'lê' olhos de consumidor em loja


 
Sistema de software e câmeras monitora
interesses de cliente.

Cientistas da Universidade de Lancaster inventaram um sistema de personalização de anúncios em lojas baseado no movimento dos olhos do cliente.

Chamado de Sideways, o sistema usa um software com câmeras que localiza e identifica o movimento de rostos e olhos, permitindo que monitores de TV troquem anúncios de acordo com os interesses demonstrados pelo cliente na hora de comprar.

Os responsáveis pelo projeto disseram à BBC que a nova tecnologia poderá ser usada em lojas em até cinco anos.

Os próprios consumidores também serão capazes de usar os olhos para controlar o conteúdo nas telas, checando itens num lista de produtos.

"Usamos uma câmera instalada perto da tela e não precisamos de nenhum equipamento extra", explica o pesquisador Andreas Bulling.

"O sistema detecta os rostos das pessoas e mostra onde os olhos estão prestando atenção."

14 pessoas ao mesmo tempo

Bulling desenvolveu o projeto com mais dois colegas da Escola de Computação e Comunicações da Universidade de Lancaster.

A maioria dos sistemas de monitoração do olhar existentes até agora eram difíceis de instalar e só podiam ser usados por uma pessoa enquanto o Sideways pode monitorar até 14 pessoas ao mesmo tempo.

Em um vídeo de demonstração, o potencial da tecnologia é mostrado com um comprador examinando capas de álbuns em uma loja de discos.

A chamada "tecnologia do olhar" está virando lugar comum em muitos produtos. A companhia Tobii, apoiada pela IBM, já apresentou protótipos de uma televisão controlada pelos olhos.

Em março, a Samsung lançou o telefone de ponta Galaxy S4, que detecta se o usuário está olhando para o aparelho acompanhando o movimento de seus olhos.

"O monitoramento através do olhar é um assunto quente", disse Bulling. "Espero que a tecnologia esteja disponível em pouco tempo."

A novidade pode ser bem recebida pelos consumidores se ela facilitar a maneira como fazem as compras, mas Bulling advertiu: "Se os consumidores não estiverem cientes de que a nova tecnologia está em funcionamento, questões de privacidade poderão ser levantadas."

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