Como será que o smartphone do futuro se parece? Provavelmente não será muito diferente do que é hoje. Mas o papel que ele desempenhará em nossas vidas pode ser consideravelmente diferente. Uma pequena máquina pensante em seu bolso.
Pelo menos esse é o conceito oferecido por muitos especialistas em mobilidade na conferência MobileBeat, que aconteceu na semana passada, em São Francisco. A palestra no evento era sobre dispositivos "wearable", a tecnologia móvel em miniatura embutida em óculos e relógios, ou até mesmo tecida em roupas.
Mas a tecnologia "vestível" pode passar pelo problema de poder de computação e vida útil da bateria. Simplesmente não há espaço suficiente, dizem os especialistas.
É aí que o smartphone entra em cena.
Smartphones: o cérebro de tecnologia vestível
Talvez dispositivos vestíveis se tornem meros sensores e monitores que enviam e recebem informações de e para o smartphone que, por sua vez, faz o trabalho pesado e gerencia a conexão com os serviços em nuvem.
"Eu acho que o celular está se tornando mais central e importante", disse ao público o CEO da fabricante de smartwatch Basis Point, Jef Holove, na MobileBeat.
Um dispositivo "smartphone-como-serviço" seria uma mudança significativa da evolução dos smartphones. Após a estreia do iPhone, a Apple e fabricantes de dispositivos Android se envolveram em uma corrida de recursos de hardware, um tentando se sobressair mais que o outro com cada novo lançamento. Altas resoluções de tela, melhores câmeras, telas maiores, o à prova d'água lançado no Samsung Galaxy S4.
Mas já estamos vendo sinais que apontam para uma desaceleração nessa corrida.
No início deste ano, o CEO da Apple, Tim Cook, minimizou o hardware: "Não somos uma empresa de hardware", disse ele durante a conferência de tecnologia Goldman Sachs Technology and Internet Conference. Cook afirmou que a Apple tem um foco maior em software e serviços, assim mesmo com os rumores sobre um futuro iWatch e novos produtos lançados até o final do ano.
A BlackBerry também teve um discurso parecido após cortar os preços do BlackBerry Z10, que teve vendas fracas. "Nunca fomos uma empresa somente de dispositivos", disse o CEO Thorsten Heins. "Também temos um negócio de rede de dados segura global e serviços. E não planejamos administrar a empresa com uma estratégia única de curto prazo voltada a dispositivos."
Quando os fabricantes de smartphones parecem estar dando um passo para trás com o venerável smartphone, ao menos quando se trata de mais recursos de hardware, por apostar que os ventos estão soprando para outro lado.
No entanto, se dispositivos "wearable são o futuro, é uma certeza tecnológica hoje que eles não têm a vida útil da bateria e poder de processamento para fazer todas as coisas que esperamos do nosso smartphone e ainda serem baratos o suficiente para comprar.
"Ter conectividade com o celular embutida em dispositivos vestíveis é apenas um recurso desperdiçado quando você já tem as capacidades de comunicação em seu smartphone", diz Van Baker, vice-presidente de pesquisas da Gartner. "Conecte-se ao smartphone via Bluetooth para enviar e receber o que você precisa via conectividade do smartphone com a Internet."
Ao transferir o processamento e a conectividade em um smartphone, o custo de dispositivos wearables será mais barato - ainda mais se considerado que o preço de sensores continua caindo.
O pioneirismo de dispositivo vestíveis atualmente envolve processamento e conectividade, disse Baker, e os produtos já são muito caros. No futuro relacionamento entre smartphone e vestíveis, um único smartphone pode lidar com múltiplos dispositivos wearable.
A guerra do smartphone apenas começou?
Baker é rápido em apontar que o papel potencial dos smartphones com os wearables não significa que a corrida do hardware tenha acabado. Ele acredita que os smartphones serão cada vez mais e mais "habilidosos" e também precisarão de processadores mais rápidos e mais memória para conduzir os vestíveis. O único fator decisivo é a vida da bateria.
"Dizer que a corrida do hardware acabou é o mesmo que dizer que computadores pessoais nunca irão precisar de mais que 640K de memória", diz Baker, referindo-se a controvérsia com relação ao que Bill Gates disse: "640K deveriam ser suficientes para qualquer um", em uma feira de computadores em 1981.
A corrida de corrida de recursos de hardware de smartphones acabou? Será que dispositivos vestíveis tomarão o lugar de sensores e display? Uma coisa é certa: se o smartphone também é o motor que impulsiona os wearables, vamos precisar de nossos dispositivos móveis mais do que nunca.
Fonte: Kaneshige, Tom . "Opinião: será que a tecnologia "vestível" vai acabar com os smartphones? - IDG Now!." IDG Now! - Notícias de tecnologia, internet, segurança, mercado, telecom e carreira. http://idgnow.uol.com.br/mobilidade/2013/07/24/opiniao-sera-que-a-tecnologia-vestivel-vai-acabar-com-o-smartphone/ (accessed July 24, 2013).
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