Não é segredo nenhum a pressão que a área de TI tem sofrido para redução de custos e aumento de desempenho. E esse mantra não é diferente nas instituições governamentais, onde os CIOs também precisarão escolher entre manter as operações atuais ou promover uma transformação completa nos serviços de tecnologia. Diante de tal situação, o Gartner separou quatro tendências que devem se consolidar na área de TI de governos em todo o mundo nos próximos anos.
Oferta de nuvem pública
A oferta de nuvem pública deve saltar 25% até 2017, quando representará mais de 25% dos serviços governamentais. A expectativa é que os governos passem a adotar o modelo de computação em nuvem em detrimento de rodar tudo internamente, dentro de uma estratégia de contenção de custos. O movimento, no entanto, deve ter velocidades diferentes de adesão, visto que em algumas partes, como a Europa, novas legislações e políticas mais restritas para o uso de cloud computing devem surgir.
CSC terceirizado
Até 2017, prevê a consultoria, pelo menos 35% dos centros de serviços compartilhados dos governos passarão a ser gerenciados pela iniciativa privada. Isso deve acontecer porque o setor privado tem apresentado opções de terceirização mais atrativas para o setor público, com vantagens de custo e nível de serviço. O Gartner avalia ainda que as parcerias público-privadas, que já acontecem em infraestrutura em diversos países, tendem a migrar também para integração e software como serviço (SaaS, da sigla em inglês).
Open Data
Embora diversos países tenham apostado em iniciativas de open data, ou dados abertos, muita coisa não tem saído como o planejado. A partir deste cenário, o Gartner acredita que, até 2017, mais de 60% do programas de open data que não usam essas informações de forma efetiva internamente sofrerão com perda de investimentos ou serão descontinuados.
Fora dos governos, esses programas têm atraído interesse no desenvolvimento de aplicações e em iniciativas de transparência, mas tais ações não chegam a entregar um valor sustentável para o setor público no sentido de melhorar desempenho ou gestão de recursos. Iniciativas de open data são consideradas positivas, mas ainda não se converteram em um elemento essencial na rotina dos processos de negócios.
Desenvolvimento de software
Pelo menos 25% do pessoal focado em desenvolvimento de software dentro dos órgãos governamentais será cortado até 2016, prevê o Gartner. O dinheiro será usado para contratação de analistas de dados e BI. Com o modelo de computação em nuvem prevalecendo, a necessidade de criar software internamente deve cair de forma dramática. Ainda que a conversão de nuvem privada para pública tenha crescido de forma mais lenta entre governos que no segmento empresarial, a necessidade de desenvolver software internamente está em erradicação. Do outro lado, a explosão de dados coloca o analista de dados como principal prioridade.
Fonte: "4 frentes de TI que devem receber atenção dos governos." - Information Week. http://informationweek.itweb.com.br/17148/4-frentes-de-ti-que-devem-receber-atencao-dos-governos/ (accessed December 20, 2013).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
deixe aqui seu comentário