Segundo G Data, ano teve 1,2 milhão de ameaças detectadas.
Entre apps maliciosos agrupados em 'malwares', troianos são maioria.
Os aplicativos maliciosos para dispositivos com sistema operacional Android cresceram 486% em 2013, alcançando um total de 1,2 milhão de ameaças detectadas, segundo estudo divulgado pela empresa de segurança G Data nesta segunda-feira (24).
Em seu último relatório semestral, relativo ao período entre julho e dezembro de 2013, os números revelam que os novos aplicativos maliciosos detectados na plataforma Android chegaram a 673 mil, um novo recorde negativo no conjunto do ano.
Segundo Eddy Willems, analista em segurança da G Data, a indústria do crime cibernético mantém sua maquinaria de criação de ameaças "em pleno rendimento" e se aproveita de "um elo muito frágil" nos smartphones e tablets, que costumam armazenar tanta informação quanto os PCs.
Nesse aspecto, 2014 pode ser o ano do roubo de dados em dispositivos móveis, com um aumento de ataques cruzados entre plataformas, bem como fraudes em torno de bitcoins ou outras moedas digitais, acrescentou.
Dentro dos aplicativos maliciosos que podem ser agrupados em famílias de "malwares", que representam quase a metade do total, os troianos constituem o grupo mais numeroso (80,9%), seguido dos "backdoors" (18,8%) e "exploits" (0,3%), segundo os dados.
Os troianos, no âmbito da mobilidade, são normalmente especializados no roubo de dados pessoais, que, mais tarde, são comercializados em mercados negros da internet, de acordo com o relatório.
Entre as ameaças sem classificação, que supõem 53,6% do total, incluem programas que não são estritamente danosos, mas que costumam esconder funções de espião e que especialmente se dedicam à repetição indiscriminada de anúncios. Frequentemente são difíceis de serem removidos.
Dentro dessa previsão negativa para 2014, a G Data adverte sobre a possível aparição de aplicativos maliciosos capazes de roubar moedas digitais diretamente de smartphones e tablets com sistema operacional Android.
Além disso, a empresa alerta sobre a previsível concentração de "energias" por parte da indústria do crime eletrônico no desenvolvimento de ameaças capazes de interferir em operações de bancos on-line, mediante ataques multiplataforma, e em roubo de dados pessoais.
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