Jovens que moram no País de Gales são parte de um grupo que testou, à distância, aplicativo da agência espacial americana.
Rafael e Samanta (com bandeira do Brasil)
ajudaram a testar, à distância, aplicativo
educacional da Nasa
Um grupo de dez jovens - incluindo dois brasileiros - moradores do País de Gales ajudou a Nasa (agência espacial americana) a melhorar e ampliar um aplicativo sobre ciência e astronomia (spaceplace.nasa.gov), dedicado sobretudo ao público infanto-juvenil.
A parananese Samanta Tomczack, de 19 anos, e o paulista Rafael Gonçalves, de 16 - que há cerca de uma década vivem com suas respectivas famílias no País de Gales -, passaram dois meses testando, de forma voluntária, a linguagem e o conteúdo do aplicativo Space Place, no início de 2013, junto com outros jovens de origem polonesa, nepalesa, italiana e nigeriana que moram no sul galês.
Segundo a Nasa, os testes, feitos à distância, ajudaram a 'adicionar material ao aplicativo, a mostrar pontos fortes e fracos' e a desenvolver uma versão para Android do app (que antes só estava disponível para aparelhos Apple), recém-lançada.
Em troca, eles ganharam um certificado de agradecimento - e uma experiência que consideram importante para seu futuro profissional.
Interatividade
'Sempre gostei de tecnologia e (o projeto) me ajudou a gostar mais. Vai ser um diferencial para mim', diz Rafael, que faz no momento uma espécie de curso técnico em matemática e computação. 'Demos nossas opiniões sobre o aplicativo, que tinha alguns defeitos, e sugerimos uma versão para Android.'
Já Samanta se interessou mais pela 'parte interativa' do aplicativo, que tem vídeos, atividades e jogos relacionados, por exemplo, ao Sol, ao espaço e ao Sistema Solar.
'Meu interesse é estudar jornalismo, (por isso) minhas sugestões foram mais quanto à questão social do app, como deixar sua interatividade mais fácil para crianças', conta à BBC Brasil.
A intermediação dos jovens com a Nasa é feita por um projeto, gerido pelo governo galês, cujo principal objetivo é preparar jovens de origem imigrante para o mercado de trabalho local.
Segundo o português Mirco Cordeiro, responsável pelo projeto, a meta é 'fazer com que os jovens sejam mais motivados e ambiciosos'.
'Eles foram selecionados em uma área de carências sociais do País de Gales, onde existe a visão de que os jovens são muito apáticos', afirma Cordeio à BBC Brasil. 'O que eu queria era mostrar que, quando há boas oportunidades e apoio, os jovens brilham. Cabe à sociedade encorajá-los.'
Nancy Leon, coordenadora do aplicativo na Nasa, disse que o Space Place atrai cerca de 2 milhões de visitantes únicos por ano. Em vídeo de agradecimento aos jovens voluntários, ela disse que os testes ajudaram a 'mostrar pontos fortes e fracos do aplicativo' e no esforço de criar material que desperte o interesse de crianças e adultos à ciência.
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