Uma startup nova-iorquina se propôs a pagar mensalidade a internautas que concordarem em entregar seus dados para serem revendidos pela empresa. A ideia da Datacoup é dar mais controle às pessoas sobre o que outras empresas estão fazendo com as informações.
Em troca de acesso às atividades em redes sociais como Twitter e Facebook e ao histórico de transações de cartões de crédito e débito, a Datacoup oferece um pagamento mensal de US$ 8.
Em entrevista à revista do MIT, o cofundador e CEO da startup, Matt Hogan, explicou que a intenção da Datacoup é fazer com que as pessoas se envolvam mais com o processo de compra de dados, que ocorre atualmente sem que se tenha qualquer controle.
Ao digitar algo no campo de buscas do Google ou usar um cartão de fidelidade numa loja, por exemplo, a pessoa já está fornecendo informações pessoais em troca de vantagens (resultados mais aprimorados ou descontos, nesses dois casos).
Alessandro Acquisti, da Universidade Carnegie Mellon, que há anos defende o envolvimento das pessoas na comercialização de informações, disse ao MIT que a ideia da Datacoup é boa, mas não perfeita. Imagine se a loja do cartão de fidelidade comprar esses dados, por exemplo, e perceber que, pelo seu histórico financeiro, pode cobrar mais caro por um produto (já que você teoricamente tem dinheiro pra pagar).
Até agora quase 1,5 mil consumidores se inscreveram no período de testes do serviço da Datacoup, mas nenhuma companhia se interessou em comprar os dados fornecidos - Hogan garante que as conversas iniciais foram animadoras.
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