quinta-feira, 6 de março de 2014

COMPUTERWORLD: Watson vai suportar serviços em nuvem da IBM


Tecnologia com capacidade de aprendizagem como os seres humanos vai integrar a infraestrutura da SoftLayer, provedora de cloud da companhia.

EDILEUZA SOARES*

Para dar mais opções às organizações na migração para nuvem, a SoftLayer está integrando à sua infraestrutura de cloud servidores Power Systems Linux da IBM com sistemas de computação cognitiva Watson, com capacidade para aprender como os seres humanos. 

Ofertas baseadas na nova tecnologia devem estar disponíveis a partir do segundo trimestre, segundo anunciou a IBM durante o Pulse 2014, conferência anual da companhia sobre cloud computing, realizada na semana passada em Las Vegas (EUA), que reuniu cerca de 10 mil participantes, entre clientes, parceiros de negócios e analistas de mercado.

Comprada por US$ 2 bilhões, em agosto do ano passado, pela IBM, a SoftLayer é a maior aposta da companhia para compor sua oferta de nuvem, com serviços em rede pública, privada e híbrida. O prestador de serviços tem recebido investimentos pesados da IBM para atrair organizações para cloud e enfrentar concorrentes como a Amazon Web Services (AWS), principalmente em mercados onde não atuava com equipe local, como é o caso do Brasil.

Ao anunciar a integração da linha de servidores Power Systems Linux pela SoftLayer, Tom Rosamilia, vice-presidente sênior de sistema e tecnologia e da unidade de integração de supply chain, destacou que as aplicações precisam de infraestrutura robusta e com alta performance para ganhar velocidade na nuvem. Ele observou que a IBM está colocando no mercado diversas soluções combinadas para acelerar a migração das organizações para cloud.

Uma das ofertas são os servidores Power Systems baseados em Linux, projetados para atender, principalmente demandas de Big Data e ajudar clientes da SoftLayer a melhorar a captura e análise em tempo real de grande de volumes de dados.

Ao comentar sobre a nova oferta, José Luis Spagnuolo, diretor de cloud computing e Big Data & analytics da IBM Brasil, afirmou que os servidores Power Systems são direcionados mais para grandes companhias. A tecnologia é ideal para processamento de sistemas de gestão empresarial (ERP), banco de dados e aplicações de negócios, que exigem ambiente de alta performance. 

Spagnuolo revela que a SoftLayer já conta com cerca de 1,5 mil clientes na América Latina, muitos conquistados antes da compra da IBM, que contratavam processamento em nuvem em datas centers localizados no exterior. 

O executivo aposta no aumento do negócio de nuvem no Brasil, onde as iniciativas estão passando da fase de piloto para projetos práticos. É para acompanhar essa expansão, que a IBM está ampliando as ofertas e também os investimentos no mercado local, com a instalação de um dos 40 data centers, que serão construídos em 2014 em 15 países para suportar as operações de cloud.

O data center da SoftLayer no Brasil está previsto para entrar em funcionamento no segundo semestre. Segundo Spagnuolo, o site ficará fora do complexo da IBM em Hortolândia, no interior de São Paulo. "Estamos neste momento fazendo um estudo de viabilidade para escolha do local certo", comenta executivo, sem dar pistas do lugar.

Questionado sobre o diferencial competitivo entre SoftLayer e AWS, Spagnuolo argumenta que o concorrente é focado mais em infraestrutura. A estratégia da IBM, segundo ele, é entrega de soluções combinadas, incluindo software (SaaS), plataforma, (PaaS) e infraestrutura como serviço como parte de um amplo ecossistema.

O executivo menciona como exemplo, a oferta de SaaS que já contempla mais de 100 aplicações para colaboração, que podem ser usadas pelas áreas de Recursos Humanos das organizações para captura de novos talentos, além de ERPs, soluções analíticas e inteligentes para áreas de saúde, transportes e governos. 

Além disso, Spagnuolo destaca o suporte aos serviços de SaaS da computação cognitiva por meio da tecnologia Watson. Criada inicialmente para equipar supercomputadores, o sistema Watson, que reúne hardware e software, promete ajudar empresas a processarem grandes volumes de dados em tempo recorde, proporcionando melhores interações com os clientes. 

Segundo a IBM, os sistemas Watson entendem pequenos detalhes da linguagem humana, processam perguntas de forma similar ao modo como as pessoas pensam e rapidamente analisam amplas quantidades de dados muitos deles não estruturados. Eles identificam respostas relevantes e baseadas em evidências. "O Watson faz parte das estratégias de SaaS", afirma o diretor da unidade de cloud computing da IBM Brasil.

*A jornalista viajou a Las Vegas a convite da IBM

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