sexta-feira, 11 de abril de 2014

ZunZuneo, o “Twitter secreto” criado pelos Estados Unidos para acabar com a Cuba de Castro

ZunZuneo, o “Twitter secreto” criado pelos Estados Unidos para acabar com a Cuba de Castro:

Denise Helena




Em julho de 2010, Joe McSpedon, um funcionário do governo dos EUA, viajou à Barcelona para dar os toques finais a um plano secreto para construir um projeto de meios sociais cujo objetivo era detonar o governo comunista de Cuba.

Assim começa uma extensa reportagem publicada há poucas horas em Associated Press, onde vemos o projeto que os Estados Unidos começou a criar em 2010 para introduzir uma nova rede social em Cuba.

Se tratava de um “twitter cubano” que começaria divulgando conteúdo atraente para, depois de conseguir uma grande comunidade de seguidores, começar a incluir textos de caráter político contra o governo comunista, uma estratégia para por a população contra o governo.

[...] planejar construir uma base de assinantes através de “conteúdo não polêmico”: mensagens de notícias sobre o futebol, a música, e as atualizações dos furacões. Mais tarde, quando a rede alcançasse uma massa crítica de assinantes, talvez milhares, os operadores introduziriam conteúdo político destinado a inspirar os cubanos para organizar manifestações e renegociar o equilíbrio do poder entre o Estado e a sociedade.

Conseguiram mais de 40.000 usuários, pessoas que não suspeitavam que os Estados Unidos estavam por trás do projeto, embora ZunZuneo, nome que teria esta rede social, não chegou a cumprir os objetivos inicialmente propostos. Usando mensagens de texto no móvel pretendiam burlar o controle rigoroso de toda a informação que circulava em Cuba. O nome ZunZuneo estava relacionado com um colibri cubano, assim como tweet tem relação com o passarinho já tão conhecido.

The Associated Press obteve mais de 1.000 páginas de documentos sobre o desenvolvimento do projeto, onde contam a história de como os agentes do governo dos EUA, que trabalhavam profundamente, se converteram em empreendedores tecnológicos em Cuba, começando em média com um milhão de telefones celulares obtidos a partir de um governo comunista.



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