terça-feira, 26 de agosto de 2014

Opinião:Nuvem, big data e internet das coisas exigem mais dos data centers


Fernando Almeida Prado
Novas tecnologias e tendências, como a computação em nuvem, big data e a internet das coisas, têm animado gestores e empresas no setor de tecnologia da informação. E não é à toa: estima-se que a internet das coisas, por exemplo, incluirá 26 bilhões de dispositivos instalados e integrados até 2020, e os fornecedores de produtos e serviços vão gerar receitas adicionais superiores a US$ 300 bilhões nesse período.

Além disso, o mercado de nuvem pública – incluindo Software as a Service (SaaS), Plataform as Service (PaaS) e Infrastructure as a Service (IaaS) – é de R$ 328 bilhões ao ano.

Um dos setores que será altamente impactado pelas demandas geradas pelas novas tecnologias é o de data centers. Hoje, a nuvem já faz parte das estratégias de segurança das empresas, que podem optar por migrar os serviços integral ou parcialmente e escolher entre diferentes níveis de terceirização.

Algumas companhias, por exemplo, preferem manter as informações mais sensíveis aos negócios “dentro de casa” e armazenar o restante no ambiente da nuvem. De qualquer forma, a crescente demanda por virtualização faz com que as empresas que oferecem serviços de nuvem dependam cada vez mais dos data centers, que por sua vez exigem soluções integradas e confiáveis para garantir a continuidade das operações.

Assim, o cloud computing continuará tendo influência direta na elevação do padrão de qualidade e segurança dos data centers em toda a América Latina.

Na mesma direção, o big data e a análise de dados não-estruturados estão auxiliando cada vez mais empresas a tomarem as melhores decisões e a entender seus clientes e consumidores.

Atualmente, a tecnologia permite a análise em tempo real de dados digitais em volume, variedade e velocidade inéditos, mudando o foco da carga para o fluxo de trabalho do data center, tornando crucial a otimização e programação da análise de dados, para aumentar o rendimento e produtividade e reduzir custos.

Um pouco menos sólida, mas com aplicações bastante promissoras, a internet das coisas também terá impacto na demanda por data centers. Ao conectar dispositivos remotos e fornecer um fluxo de dados entre eles, será possível prover informações sobre status, localização e funcionalidade, por exemplo.

O número de dispositivos e o volume de dados a ser transmitido demandarão mudanças na arquitetura dos centros de dados. O grande desafio será gerenciar o balanceamento de dados em diversos data centers simultaneamente, controlando o fluxo de dados e demandas de infraestrutura.

Portanto, as novas tendências, e o consequente aumento no tráfego e armazenamento de dados, deixam as empresas de infraestrutura de data centers com a cabeça nas nuvens, mas os pés bem plantados no chão. Todas as informações acabam por residir em data centers, tanto globalmente quanto nas regiões de atuação das empresas, entre elas Brasil e América Latina.

Com isso, para as empresas especializadas em data centers, inovação e conhecimento são diferenciais extremamente importantes para se destacar no mercado que está em constante mudança.

Empresas que dominarem as práticas para atender a demanda por data centers cada vez mais confiáveis, sustentáveis do ponto de vista operacional, e auto adaptáveis aos tipos de demanda e balanceamento, irão incorporar a maior parte dos investimentos em novos centros de dados no país, cifra em torno de R$ 6 bilhões por ano, de acordo com o estudo Global Data Center Investment da DCD Intelligence.

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