quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Olhar Digital: Empresa quer usar seus batimentos cardíacos para substituir senhas



As senhas são, provavelmente, o grande ponto fraco nos sistemas de segurança digital da atualidade, sempre enfrentando o dilema entre uma palavra-chave genuinamente forte e uma capaz de ser lembrada facilmente. Por isso, uma startup canadense quer substituir este processo por um mais simples, que reconhece identifica os batimentos cardíacos do usuário para autenticá-los.

Esta é a ideia da Bionym, uma empresa que recentemente recebeu um investimento de US$ 14 milhões, que criou uma pulseira chamada Nymi com um sensor de eletrocardiograma que reconhece o ritmo cardíaco individual para desbloquear algum aparelho. Entre as aplicações possíveis estão a liberação de pagamento no cartão de crédito, abertura da porta do carro ou até mesmo acessar o Facebook.

Os criadores afirmam que o Nymi não lê, na realidade, os batimentos cardíacos, mas a atividade elétrica gerada pelo órgão, que funciona basicamente como uma impressão digital.

A empresa diz que o dinheiro arrecadado com o investimento será utilizado para bancar a entrega de 10 mil unidades já encomendadas do produto. A expectativa é que o lançamento aconteça no quarto trimestre deste ano.

Por trás do Nymi está um conceito inteligente de segurança. Por anos, “algo que você sabe” foi usado como o padrão de autenticação, como uma senha, por exemplo. A maior parte dos grandes serviços de internet já oferece uma segunda camada de proteção que é “algo que você tem”; neste caso, trata-se de autenticação em duas etapas, feita por meio de um token ou por um código enviado pelo celular que só você pode usar. A próxima fase é investir em “algo que você é”, com identificação por meio de características corporais que não podem ser imitadas como impressões digitais, leitura de retina ou, no caso da Bionym, os batimentos cardíacos.


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