quinta-feira, 30 de outubro de 2014

IdgNow: Clínica Cleveland usa Watson e cloud para tratamentos contra o câncer

Clínica Cleveland usa Watson e cloud para tratamentos contra o câncer

Sharon Gaudin
Pesquisadores vão usar computação cognitiva para estudar genoma humano e criar tratamentos pessoais e individualizados para cada paciente
A renomada Clínica Cleveland, nos EUA, está começando um projeto-piloto com um serviço de cloud que utiliza a tecnologia de computação cognitiva do supercomputador Watson, da IBM, para ampliar sua pesquisa em torno de tratamentos contra o câncer.

A chairman e CEO da IBM, Ginni Rometty, anunciou nesta quarta-feira, durante o Cleveland Clinic Medical Innovation Summit 2014, que os pesquisadores da clínica vão usar o recurso de Genomics Analytics do Watson para avançar na direção de criar tratamentos médicos personalizados apoiados no entendimento do genoma de cada paciente.

Com melhores recursos de analytics e acesso à informação via cloud, os cientistas e oncologistas acreditam que poderão desvendar o big data do genoma e entregar medicina individualizada para seus pacientes a partir da identificação das diferentes mutações de DNA.

Na hora certa

"O potencial para explorar os recursos de computação cognitiva do Watson na criação de medicina personalizada não podia vir em melhor hora", diz a doutora Charis Eng, chairwoman e diretora-fundadora do Instituto de Medicina Genômica do Lerner Research Institute.

Segundo a clínica, médicos não têm tempo ou ferramentas suficientes para explorar opções de tratamento específicos para seus pacientes fundamentados em cada tipo de câncer combinado com o DNA único de cada pessoa. E o Watson é a chave para que isso aconteça.

O anúncio desta quarta-feira se soma à notícia, divulgada em março deste ano pelos médicos do New York Genome Center, de que eles usariam o Watson para pesquisar mutações em pacientes que poderiam ser agregadas a bases de dados de genoma e literatura médica para uso posterior pelos pesquisadores. Em agosto, a IBM anunciou que estaria disponibilizando seu sistema de inteligência artificial disponível para pesquisadores como um serviço de cloud.

A diferença de Watson

O que faz o Watson diferente dos outros supercomputadores e, portanto, preparado para tarefas cada vez mais complexas de interação com problemas humanos não é apenas sua habilidade de fazer cálculos, mas a sua capacidade de entender a linguagem humana, responder perguntas e entender piadas e comentários coloquiais.

Isso permite, por exemplo, que um cientista possa alimentar digitalmente Watson com a maior quantidade de informação possível sobre um tópico e depois conversar com o supercomputador fazendo perguntas sobre pesquisas de DNA ou medicamentos.

A aplicação da IBM usa uma combinação do sistema cognitivo do Watson' com modelos biológicos aprofundados pelo computador e a infraestrutura de cloud pública da IBM, a SoftLayer. Watson foi projetado para aprender continuamente na medida em que encontra novos cenários de pacientes, estudos médicos e informação sobre remédios e genoma.

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