quinta-feira, 16 de outubro de 2014

IdgNow: Empresa brasileira compra celulares usados e permite doar venda para ONGs


Com foco em levar aparelhos do fundo da gaveta de volta ao uso, Redial paga até R$1.600 em gadgets e permite que usuários doem valor das vendas para organizações.

Com um total de 271 milhões de celulares e uma população de 201 milhões, o Brasil sofre com um verdadeiro superávit de aparelhos telefônicos móveis. No entanto, isso significa um grande de número de aparelhos em boas condições que ficam largados no fundo da gaveta.

Um novo serviço lançado no país neste mês de outubro pela startup Recomércio quer ajudar os usuários e empresas locais a revenderem seus celulares sem uso e, quem sabe, até ajudar quem precisa. Em funcionamento beta desde agosto, a plataforma chamada de Redial (que significa "rediscagem" em inglês) paga até 1.600 reais no seu celular usado, dependendo do modelo e do estado do aparelho, obviamente.

Processo simples

Após selecionar o modelo do seu smartphone no site, é preciso escolher algumas opções que podem influenciar de forma positiva ou negativa no preço do gadget. Por exemplo, se o produto é desbloqueado o preço sobe, mas se o smartphone estiver em um estado considerado funcional, em vez de novo, então o valor cai.

Depois de o negócio ser fechado e o aparelho enviado (a Redial paga o envio), o pagamento é feito em até três dias úteis. Isso caso o usuário queira o receber o dinheiro, é claro – se não, é possível doar o valor para uma das ONGs parceiras da companhia.

Tudo é feito pela Internet e por telefone no momento, já que a empresa está mudando de escritório em São Paulo e não possui um endereço físico para receber os clientes - mas adianta que a ideia é fazer exatamente isso num futuro próximo.


Valores

Um BlackBerry Z30, por exemplo, pode render até 400 reais para o vendedor, enquanto que um iPhone 5S de 64GB sai por até 1520 reais. Um iPhone 4 de 16GB, por sua vez, pode chegar a apenas 205 reais, valor menor do que as ofertas em sites de leilão como o Mercado Livre.

Social

O principal diferencial da Redial em relação a outros serviços de recommerce, como a startup Brused, especializada em aparelhos da Apple, é que o usuário pode escolher doar o dinheiro da venda do seu smartphone para uma ONG parceira da empresa. No total, a Redial possui parceria com três ONGs diferentes: Casa da Criança Santo Amaro, Instituto Fazendo História e Instituto 5 elementos.

Além disso, os aparelhos comprados pela Redial são devidamente testados e reaproveitados no país com a plataforma técnica de testes da empresa, em especial para a cooperativa de inclusão social Coopermiti, que recolhe somente aparelhos eletrônicos. De acordo com a Redial, a cada 300 celulares comprados por mês é gerado um "emprego social" na cooperativa.

Planos e atuação

Segundo o diretor da Recomércio, Amaury Bertaud, a expectativa da empresa é recuperar um total de 15 mil celulares até o final de 2015. Mas, por enquanto, a Redial atua apenas em São Paulo e estados vizinhos, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, explica Bertaud.

Parcerias 

“Esse é o primeiro serviço do tipo da Recomércio, que pretende servir tanto pessoas físicas quanto empresa. Além da internet, também pretendemos fechar contratos com empresas e distribuidoras”, explica o executivo francês radicado no Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

deixe aqui seu comentário