quinta-feira, 31 de maio de 2012

G1: Indústria petrolífera do Irã foi afetada pelo vírus 'Flame', diz oficial militar

'Flame' é uma nova praga que pode ser a mais sofisticada já criada.
Irã foi o país mais atacado pelo vírus, de acordo com a Kaspersky Lab.

Do G1, com AP

Um oficial militar iraniano disse que indústria petrolífera do país foi brevemente afetada pelo vírus Flame, uma nova praga digital que pode ser a mais sofisticada já criada. O vírus se destaca pela sua capacidade de se camuflar no sistema, driblar softwares de segurança e ter sido encontrada apenas em alguns poucos locais, principalmente no Irã.

Gholam Reza Jalali, que comanda uma unidade militar iraniana, disse nesta quarta-feira (30) que especialistas do país tinham encontrado e derrotado o vírus Flame. Jalali disse a rádio estatal que a indústria de petróleo do Irã foi o único órgão governamental afetado e todos os problemas causados pela praga já tinham sido resolvidos.



De acordo com dados da Kaspersky Lab, o vírus foi encontrado principalmente no Irã, com outros focos de infecção presentes em Israel, Sudão, Síria, Líbano, Arábia Saudita e Egito. O Irã é o mais atacado, com 189 ocorrências do vírus. No Egito, o menos atacado da lista da Kaspersky, foram 5 incidentes de contaminação.

O Irã também foi o alvo do Stuxnet, outro vírus conhecido por sua sofisticação e pela capacidade de sabotar usinas nucleares. No entanto, os especialistas não acreditam que exista qualquer relação entre o Flame e o Stuxnet. Não foi encontrada no Flame nenhuma capacidade de interferir com sistemas industriais.

Descoberta

A existência do vírus foi divulgada separadamente na segunda-feira (28) pelas fabricantes de antivírus Kaspersky Lab e McAfee, pelo Centro de Respostas a Incidentes de Segurança Nacional do Irã (Maher) e pelo Laboratório de Criptografia e Segurança de Sistemas (Crysis) da Universidade de Tecnologia e Economia de Budapeste, na Hungria.

O vírus é descrito como extenso, tendo cerca de 20 MB de tamanho, e "pode levar vários anos para ser analisado", segundo a Kaspersky. A praga tem diversos "módulos", cada um deles com uma função específica, que pode ser o roubo de dados ou a contaminação de outros sistemas, que pode ocorrer por meio de drives USB e, possivelmente, por compartilhamentos de rede. Um dos módulos "menores", segundo a McAfee, tem mais de 70 mil linhas de código.
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