quinta-feira, 31 de maio de 2012

G1: Restrição a antena pode prejudicar 4G no país, diz presidente da Vivo


Cidades têm aprovado leis para impedir instalação de antenas de celular.
Leilão das faixas de frequência para a 4G acontece em 12 de junho.
Fábio AmatoDo G1, em Brasília


O presidente da Vivo, Antônio Carlos Valente, disse nesta quarta-feira (30), durante audiência pública na Câmara, que as restrições impostas por algumas cidades brasileiras para a instalação de antenas para emissão de sinal de celular pode prejudicar o desenvolvimento no país da telefonia móvel de quarta geração, a chamada 4G.

De acordo com Valente, a telefonia 4G funciona em alta frequência, o que exige infraestrutura, como número de torres, ainda maior do que o necessário para a oferta do serviço 3G, já disponível no Brasil.

“Temos uma grande dificuldade de licenciamento de sites [torres de telefonia] e isso vai se agravar com a telefonia 4G”, disse Valente. Ele citou cidades como São Paulo e Campinas (SP), onde a empresa já enfrenta restrições.

O leilão das faixas de frequência para oferta do serviço de telefonia 4G está marcado para o dia 12 de junho.

Para o presidente da Vivo, uma lei federal que discipline a instalação de antenas pode solucionar o problema das restrições. Mais cedo, na mesma audiência, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que já discute com o Congresso a votação de uma lei neste sentido.

Segundo o ministro, hoje cerca de 250 cidades já contam com algum tipo de barreira às torres. A principal justificativa é a possibilidade de que a radiação cause prejuízo à saúde da população.

Valente apontou que a Vivo tem 13 mil antenas no Brasil. Na Espanha, disse ele, o Grupo Telefónica, que contrala a Vivo, tem 18 mil e, na Alemanha, 50 mil.

Qualidade

A audiência foi convocada para discutir a má qualidade dos serviços de telefonia celular no Brasil. Questionado sobre problemas enfrentados pelos clientes da Vivo, Valente apontou que as falhas de sinal e nas chamadas estão relacionadas a questões como relevo, vegetação e dificuldade de penetração do sinal em locais fechados.

“A Vivo tem uma preocupação muito grande com a qualidade do seu serviço. Mas falhas e situações anormais existem”, disse ele.

Valente afirmou que a empresa investiu no ano passado cerca de R$ 5 bilhões, ante um faturamento liquido de R$ 33 bilhões. Segundo ele, o investimento não foi superior por conta da alta carga tributária do país que representa, em média, 51% do valor das contas de telefone.

"[A carga tributária brasileira que incide sobre o serviço de telefonia] não tem paralelo em nenhum outro lugar do mundo", disse o presidente da Vivo.

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