quinta-feira, 21 de junho de 2012

G1: No Brasil, 82% dos clientes de bancos preferem transações pela web

Usuários optam pela internet para cuidar de suas contas, mostra pesquisa.
Em países desenvolvidos, 77% dos clientes preferem o internet banking.
Do G1, em São Paulo


Entre os clientes de bancos no Brasil, 82% preferem usar a internet para realizar transações como a gestão de suas contas e a transferência de fundos, segundo um estudo conduzido pela Cisco IBSG e divulgado nesta quarta-feira (20). De acordo com a pesquisa, entre os países desenvolvidos essa porcentagem cai para 77%.

A Cisco afirma ter entrevistado 5.300 consumidores de cinco países desenvolvidos (Canadá, França, Alemanha, EUA e Reino Unido) e três países emergentes (Brasil, China e México). A pesquisa foi apresentada durante o Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras (Ciab), que ocorre entre hoje e sexta-feira (22), em São Paulo.

Ainda segundo os dados coletados pela empresa no Brasil, 13% dos clientes de bancos preferem usar aplicativos móveis para acompanhar suas despesas em tempo real e gerir suas finanças e pagamentos. Desse total, 88% são as gerações Y ou X – as duas gerações incluem pessoas nascidas nos anos 1970, 1980 até meados da década de 1990, mas há divergências entre os especialistas.

Em uma pesquisa divulgada em abril, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) já havia mostrado um crescimento do uso dos celulares para funções financeiras. De acordo com a federação, o uso de bancos por dispositivos móveis cresceu 50% em 2011, quando comparado com os dados de 2010.

Além do gosto pelos aparelhos móveis, os clientes demonstraram interesse pela interação com seus bancos por meio de vídeos. No Brasil, diz o estudo, 68% dos usuários tiveram esse interesse e 34% disseram que veem a videoconferência como uma possível forma para ter acesso a especialistas.

Segundo a companhia, a preocupação com privacidade, segurança e roubo de identidade "prevaleceu" entre os entrevistados, apesar de os clientes de países emergentes estarem mais abertos a "conceitos que requerem o compartilhamento de dados pessoais". No Brasil, essa preocupação foi demonstrada entre 51% dos usuários. Outros 54% disseram considerar os bancos as instituições "mais confiáveis" para guardar informações digitais -- à frente do governo, de empresas de comunicação e de sites de mídia social.

Agências e mídias sociais

As agências bancárias seguem populares no país, revela o estudo. “A agência continua a ser o canal preferido para atendimento pessoal e assessoria, incluindo novos serviços”.

Os dados mostram que 13% dos clientes de bancos no Brasil dizem que deixariam seu banco, caso consultores e assessoria pessoal fossem eliminados da agência bancário. Outros 92% disseram que têm interesse em agências bancárias que ofereçam e ampliem seus serviços de assessoria financeira.

Por outro lado, as mídias sociais ainda são embrionárias entre as atividades bancárias. De acordo com a Cisco, somente 2% dos clientes do Brasil indicaram preferência pelo uso de uma rede social para fazer suas operações bancárias.

“Um dos principais motivos para essa relutância é a preocupação sobre a privacidade e falta de controle sobre informações pessoais”, diz a empresa.

Mundo

Um dos principais pontos revelados pelo estudo é que os clientes querem que seus bancos ofereçam assessoria financeira e serviços bancários tanto via canais virtuais quanto físicos. A pesquisa afirma que 56% dos clientes dos países desenvolvidos e 81% dos de mercados emergentes preferem entrar em uma agência para receber bom atendimento personalizado e boa assessoria financeira.

Ao mesmo tempo, 78% dos clientes de países desenvolvidos e 72% dos de países emergentes preferem usar a internet para fazer operações mais simples, como fazer pagamentos, gerir contas e verificar extratos.

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