segunda-feira, 9 de julho de 2012

G1:Ladrão hackeava computador de bordo de carros para copiar chaves


 Quadrilha inglesa também interceptava trava eletrônica dos automóveis.

Líder do grupo, Alan Watkins, foi condenado a oito anos de prisão.

Alan Watkins, líder de uma quadrilha inglesa especializada em furtos de carros, foi condenado a oito anos de prisão na sexta-feira (6). Para realizar o roubo, Watkins obtinha informações dos computadores de bordo dos veículos para criar uma cópia da chave eletrônica, de acordo com a polícia.

Os criminosos interceptavam o controle remoto que realizava a trava eletrônica dos automóveis para que o comando não fosse recebido. Membros da quadrilha entravam no veículo e obtinham informações do computador de bordo, que seriam usados por Watkins para clonar a chave eletrônica. Para localizar o automóvel mais tarde, um dispositivo GPS era instalado.

Com isso, os veículos eram furtados sem nenhum dano físico. A polícia inglesa acredita que o grupo tenha comercializado 170 automóveis, que juntos valeriam 3,5 milhões de libras – cerca de R$ 11 milhões.

Em declaração à imprensa local, Paul Fuller, do departamento que investiga o roubo de carros na Inglaterra, considerou o caso "o mais extenso e o mais complexo" que a polícia investigou nos últimos anos. "Esta foi uma operação bem organizada e Watkins usou tecnologia avançada de maneiras até então desconhecidas para conseguir derrotar a segurança de carros modernos", afirmou Fuller.

Clonagem e dados falsos

Na casa de Watkins, a polícia encontrou detalhes de mais de 500 veículos. A quadrilha tinha preferência pelas marcas BMW, Audi e Range Rover.

Os carros eram escolhidos de modo a facilitar a comercialização depois do furto. O grupo usava informações da internet para descobrir modelos exportados da Inglaterra para o Chipre. Os criminosos procuravam, então, por veículos semelhantes a fim de viabilizar o uso de dados falsificados com base no que havia saído do país.

Watkins criou "novas identidades" para mais de 300 veículos, segundo a polícia. Ele atuava junto de Lee Fullick, de 51 anos, e Sukvinder Matto, de 35.

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