domingo, 30 de setembro de 2012

A tarde: Base Tecnológica




Promover a inovação tecnológica de processos e produtos, incentivando e criando formas de apoiar o desenvolvimento de atividades baseadas na exploração sustentável do semiárido baiano.

Com esse objetivo, o projeto Sisal de Base Tecnológica está agrupando trabalhos de 15 cientistas da Bahia, de Minas

Gerais e de São Paulo, com as mais novas descobertas científicas para o aproveitamento integral do sisal. Através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti), com o apoio da universidade Federal do

Recôncavo da Bahia (uFRB), esses cientistas estiveram em Salvador apresentando seus trabalhos e tiveram a oportunidade de conhecer a realidade da região sisaleira baiana em uma visita técnica.

Esses pesquisadores estão desenvolvendo trabalhos que visam o aproveitamento integral da planta, que através da

aplicação de novas tecnologias pode ser utilizada da formulação de xampu anticaspa, creme contra micoses e fungos, base para cultivo de cogumelo altamente nutritivo para a alimentação humana ou até servir de matéria-prima para a fabricação de móveis. Coube à Secti o papel de incentivar esses estudo. "Nosso objetivo é agrupar cientistas de diversas


áreas, criando um ambiente de pesquisa científica. Hoje só se aproveita 4% desse sisal, que é a fibra. Graças a estes estudos, que foram encomendados pela Secti, agora já sabemos que também é possível aproveitarmos os demais


96%", destacou o secretário Paulo Câmera.


O Brasil é o maior produtor de sisal do mundo e, no Estado da Bahia concentra-se 95% da produção sisaleira do país. O sisal é cultivado em 68 municípios do semiárido baiano e representa a principal atividade econômica da região, sendo responsável pelo sustento de milhares de famílias.


Em contrapartida, o cultivo é feito por pequenos produtores com predomínio do trabalho familiar em regiões onde o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) médio é de apenas 0,60. Por isso, a inovação pode desempenhar para os produtos do semiárido baiano mais do que um papel periférico.


Na opinião da Profa. Dra. Maria Catarina MegumiKasuya, do Departamento de Microbiologia Agrícola da universidade Federal de Viçosa, a visita à região sisaleira baiana foi muito importante.


"Ajuda o entendimento das necessidades regionais, direcionando as futuras pesquisas para o desenvolvimento de novas


tecnologias", pontou Kasuya. 


Já a pró-reitora de pesquisa e pós-graduação da universidade Federal do Recôncavo da Bahia (uFRB), Ana Cristina Soares,


considera que a visita técnica à região sisaleira baiana foi fundamental para ajudar os pesquisadores a entrar em contato


com a realidade local. "Agora fica mais fácil pensarmos em alternativas viáveis. Além disso, o grupo está bastante engajado.


quanto mais os pesquisadores estiverem reunidos, melhores resultados teremos", avalia.



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