sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Bahia Press: Debate sobre marco civil da internet lota auditório da ABI



A linha tênue entre a regulação e a censura na internet e a polêmica sobre a neutralidade na rede deram o tom do debate “O Marco Civil da Internet Brasileira e o Jornalismo do Século XXI”, que reuniu jornalistas e estudantes de Comunicação de Salvador nesta quinta-feira (13), na sede da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), no Centro Histórico de Salvador.

Apoiado pela Braskem, o evento teve como debatedores nomes expoentes do cenário digital, como o jornalista Luiz Queiroz, o professor Nelson Pretto e o sociólogo Sérgio Amadeu, que é conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil. O jornalista Bob Fernandes também participou como moderador dos debates.

A discussão sobre esta temática mais do que atual ocorre no momento em que o Brasil se prepara para aprovar esta importante regulamentação que dará novos rumos à comunicação pela internet no país. “Este é um assunto de grande complexidade. Nós precisamos entender que a internet nasceu livre e aberta, cresceu demais e vem passando por mudanças”, pontuou o presidente da ABI, Walter Pinheiro, na abertura do evento. Em nome da associação, Pinheiro agradeceu o apoio da Braskem ao evento e parabenizou a empresa pelo seu aniversário de 10 anos.

“Para a Braskem, é uma honra contribuir para o fortalecimento da ABI e apoiar este debate cuja temática é muito importante e que terá um impacto sobre a sociedade como um todo”, destacou Emmanuel Lacerda, gerente de Relações Institucionais da Braskem.

Marco civil

Sérgio Amadeu, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, explicou que o marco civil é um projeto de lei tem o objetivo de estabelecer direitos e deveres dos cidadãos no uso da internet no Brasil. “A discussão é estratégica sob vários pontos de vista: desde o civil até o econômico e cultural. Esse debate trata da vida das pessoas, e elas precisam discutir assuntos como insegurança na rede e neutralidade”, ressaltou. Já Luiz Queiroz, do site Convergência Digital, alertou para a questão dos direitos autorais e princípios éticos e a influência das novas tecnologias.

O jornalista Bob Fernandes, que atuou como mediador, elogiou o alto nível do debate, que chegou a comparar a “uma aula de mestrado em três horas”. “O caminho por onde flui a informação é o meio digital, portanto, discutir a “constituição”, ou seja, os direitos e deveres disso, é fundamental para a sociedade e está diretamente relacionado ao jornalismo no século XXI”.

“Um debate desse nível é importantíssimo para entendermos que a internet tem uma dimensão muito maior do que a simples digitação de uma URL qualquer. Tudo nessa área de internet é muito novo e as coisas acontecem com uma velocidade espantosa, o que faz com que ainda se tenha pouca compreensão de tudo isso”, avaliou o jornalista Chico Araújo, que foi assistir ao debate.

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