terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Folha de S.Paulo: Software malicioso é comparável a ataque terrorista, diz especialista


Os vírus de computador podem representar ameaças tão grandes como ataques terroristas e em cerca de dez anos poderão provocar destruição física, disse nesta segunda-feira (21) o fundador e executivo-chefe da empresa de segurança Kaspersky Lab, Eugene Kaspersky, durante a conferência DLD13 (Digital Life Design), que está sendo realizada em Munique, na Alemanha.

As tecnologias para internet evoluem a um ritmo muito rápido, assim como as "ameaças cibernéticas", afirmou o especialista russo. As prisões nos Estados Unidos, por exemplo, estão conectadas à rede e seria factível os réus conseguirem abrir as portas das penitenciárias por meio de seus smartphones.



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Eugene Kaspersky, fundador da Kaspersky Lab, na sede da empresa, em Moscou

"O sistema é muito vulnerável, e os programas, cada vez mais sofisticados", opinou. Se um criminoso comum é como uma bicicleta, um vírus como o software de espionagem "Outubro Vermelho", recentemente descoberto, é como uma estação espacial, disse o analista.
As ameaças geradas por esses programas maliciosos modernos são comparáveis a ataques terroristas, acrescentou. O analista em vírus cibernéticos Mikko Hypponen, da empresa F-Secure Corporation, disse que no futuro as guerras também serão travadas a partir dos computadores, pois o potencial destruidor dos programas maliciosos é imenso e absolutamente comparável ao das armas tradicionais.

Segundo o especialista, "a guerra cibernética se dirige contra a infraestrutura", por isso é totalmente factível que os vírus alterem o funcionamento de centrais energéticas e instalações industriais, com consequências imprevisíveis. "Antes de se disparar armas, vai se optar por ataques cibernéticos contra o abastecimento elétrico e de água", afirmou Hypponen.

A nona edição da DLD. uma das principais conferências internacionais sobre o mundo digital, começou no domingo (20) e vai se encerrar nesta terça (22).

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