quinta-feira, 4 de abril de 2013

Olhar Digital: Google não usará mais o WebKit como motor do Chrome



Uma parceria de muitos anos entre o Google e Apple foi desfeita nesta quarta-feira, 3. A gigante das buscas decidiu não utilizar mais o WebKit, que era usado como motor de renderização do Chrome e do Safari, para desenvolver seu próprio sistema, chamado Blink.

O Blink será baseado no WebKit, e terá o código aberto assim como o 'pai'. Pelo blog do Chromium, projeto de navegador open-source no qual se baseia o Chrome, o Google explica que seu browser tem uma arquitetura de multiprocessos diferente de outros que utilizam utilizam a engine e, por suportar múltiplas arquiteturas, isso gerou um aumento da complexidade tanto no WebKit, quanto no Chromium.

"Acreditamos que ter múltiplos motores de renderização (semelhante a haver múltiplos navegadores) poderá incentivar a inovação ao longo do tempo e melhorar a saúde de todo o ecossistema aberto da web", diz o blog. O Google reconhece que a mudança pode trazer sérias implicações à web.

O Google afirma que, a princípio, a mudança trará poucas alterações às vidas dos desenvolvedores. Os primeiros passos serão focados na arquitetura interna e simplificação do código. "Ao longo do tempo, um base de códigos mais saudável leva a mais estabilidade e menos bugs", afirma Adam Barth, engenheiro de software.

Com a mudança, outros navegadores que também adotaram o Chromium como base deverão passar ser afetados. É o caso do Opera, que recentemente abandonou sua engine proprietária para aderir ao projeto de código aberto do Google e, consequentemente, ao WebKit.

Isso deve se refletir nos aplicativos do Chrome para Android, mas não deve afetar o app para iOS, pelo menos a princípio. A Apple impôs um padrão na AppStore, no qual todos os navegadores para seu sistema portátil devem usar o WebKit. 

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