terça-feira, 16 de abril de 2013

UOL: Google chega a acordo com Comissão Europeia e deve alterar resultados de buscas, diz jornal



Ao chegar a acordo com a Comissão Europeia, Google pode evitar uma multa de US$ 5 bilhões. 

O Google concordou em fazer mudanças nos seus resultados de busca, como parte de um acordo feito com a Comissão Europeia - o grupo investiga a empresa há dois anos, sob suspeita de a companhia abusar de sua dominância no mercado das buscas online. O acordo entre as partes foi divulgado no domingo (14) pelo "New York Times", que ouviu duas fontes familiarizadas com o assunto (seus nomes foram mantidos em sigilo).

A agência de notícias Reuters diz que, ao chegar a um acordo com a Comissão Europeia, o Google pode evitar uma multa de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 9,85 bilhões), o que equivale a 10% de seu faturamento em 2012.

De acordo com o "NYT", não será necessário mudar os algoritmos utilizados no sistema de buscas do Google. No entanto, resultados ligados a serviços da própria empresa – caso do Google + e Google News – terão de ser sinalizados. Além disso, o Google passará a exibir links de ferramentas de busca concorrentes. As mudanças, que ainda não foram divulgadas oficialmente, devem começar a ser vistas no período de um mês.

As principais mudanças, continua o "NYT", devem ser vistas na área de compras e voos. Concorrentes como o Yelp e TripAdvisor acusam a empresa de buscas de favorecer seus próprios resultados, prejudicando o trabalho de outras empresas que atuam em ramos similares.

O porta-voz Al Verney, do Google, recusou-se a comentar a decisão, dizendo apenas que a empresa "continua trabalhando de forma cooperativa com a Comissão Europeia".

Reclamações

O processo aberto na Europa em 2010, para investigar se o Google estava abusando de seu poder, teve como origem reclamações de empresas que denunciaram a forma pouco transparente como o gigante de buscas conduz seus negócios. Entre eles está o Foundem, um site de comparação de preços que levantou a bandeira contra o Google.

Reportagem do "Der Spiegel" conta que o Foundem deixou de aparecer na primeira página dos resultados do Google em 2006, caindo para depois da 10ª página. O número de visitantes do Foundem despencou, e as vendas caíram.

O motivo foi a mudança do algoritmo de busca do Google. Os fundadores do Foundem apresentaram uma queixa, sem resultado. Eles dizem que ninguém estava disposto a explicar para eles o que exatamente causou o rebaixamento ou o que poderiam fazer para voltar ao topo da lista. O Foundem ainda recebia bom posicionamento em outras ferramentas de busca, como o Yahoo.,

Os donos da empresa deram queixa junto a Joaquín Almunia, comissário antitruste europeu, em novembro de 2009. Funcionou. Apenas um mês depois, o Google aparentemente reverteu o banimento do Foundem, e a ferramenta de busca de preços prontamente voltou à primeira página dos resultados de busca.

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