sexta-feira, 10 de maio de 2013

Convergência Digital: "Seja nuvem pública ou privada, workloads vão rodar em cloud”



A movimentação da EMC em direção à terceira geração de armazenamento e gerenciamento de dados, conforme descreveu a companhia ao lançar a plataforma definida por software EMC ViPR, fundamenta-se em dados que brilham aos olhos de qualquer investidor: as oportunidades de negócios para arquiteturas existentes somam 32 bilhões de dólares até 2016, sem falar nos estimados 8 bilhões de dólares provenientes de novas arquiteturas, nas contas da fabricante.

Estudos recentes realizados pela companhia mostram que 12% do desenvolvimento de workloads – seja por arquivos e blocos ou por objeto – vão acontecer sobre nuvem pública, até 2016, o que exigirá uma nova arquitetura de storage capaz de suportar uma era de mobilidade, big/fast data e redes sociais. “Estas são as características da chamada terceira geração que irão direcionar os investimentos em TI nos próximos anos”, decretou Joe Tucci, CEO da EMC, durante o EMC World, que acontece em Las Vegas, Estados Unidos.

Ainda de acordo com as pesquisas, a estimativa é de que 10% do desenvolvimento de workloads tenha como base a nuvem privada virtual, enquanto 78% da carga de trabalho esteja rodando na nuvem privada. Ambos os modelos poderão existir em arquiteturas novas ou existentes, que continuarão a ser suportadas pela fabricante, garante o CEO. “Os novos aplicativos passam a ser acessíveis quase que exclusivamente por dispositivos móveis. Seja sobre nuvem pública ou privada, workloads vão rodar em cloud”, conclui ele.

Além da nova plataforma desenhada dentro do conceito de software-defined storage, a EMC deposita grande parte de suas expectativas de crescimento na unidade Pivotal, nova frente de negócios que representa 17 bilhões de dólares em oportunidades até 2016, segundo a fornecedora. A marca é controlada pela EMC, que possui 62% de participação no negócio, e tem a VMware como investidora (28%). Recentemente, a GE adquiriu 10% da empresa, cujo objetivo é definir um novo padrão de plataforma como serviço corporativa. 

“Pivotal é a unidade de negócio que trabalha para a próxima geração de aplicativos de cloud e big/fast data”, explica Paul Mariz, CEO da marca, fazendo referência aos grandes players da internet que inauguraram esse movimento. “Quando o Google disse que indexaria todas as informações do mundo, ele não disse que faria isso sobre a segunda geração de plataforma. Ele teve que criar uma nova infraestrutura”, continua o executivo. Segundo ele, a nova unidade de negócios trará as mesmas competências dos gigantes da internet ao mundo corporativo.

Mariz e seu time já trabalham na Pivotal One, primeiro lançamento da empresa. “Não se trata apenas de big data, mas de big/fast data, pois é preciso reagir em tempo real à informação que chega. A nova plataforma será fortemente ancorada em sistema aberto e multicloud, permitindo ao cliente escolher entre a nuvem privada ou pública”, reforça o CEO.

Expansão internacional

Com 55% dos negócios realizados fora dos Estados Unidos, a EMC saiu de um faturamento de 13,2 bilhões de dólares, em 2007, para 21,6 bilhões de dólares, em 2011 – um avanço de 64%. David Goulden, presidente e COO da companhia, destacou como alavanca desse desempenho os investimentos em tecnologia, que triplicaram no período e contribuíram para os 8,58 bilhões provenientes do crescimento orgânico. Outros 800 milhões de dólares vieram de aquisições.

Já em 2012, a fabricante somou receitas de 27,7 bilhões de dólares, com 10 mil clientes em carteira. Tucci revelou que 12% do faturamento do período foi destinado às atividades de pesquisa e desenvolvimento, e outros 10% a aquisições. “A combinação das inovações orgânica e inorgânica tem suportado a diferenciação que estamos criando”, resumiu o CEO. Em coletiva de imprensa, ele reconheceu que ainda existem gargalos a serem preenchidos por novas aquisições, porém, não revelou as áreas de interesse. “Entre as oportunidades, estão pequenas companhias que não possuem grandes receitas, mas que mostram grande potencial de mercado”, disse ele.

Tucci também enfatizou as operações nos mercados de maior expansão da EMC, incluindo a América Latina, que apresentou o maior crescimento entre os territórios de atuação na companhia no primeiro trimestre do ano – 27%, contra 8% de avanço registrado na América do Norte e 4% na Ásia-Pacífico. “Estamos investindo nesse mercado e certamente continuaremos a investir”, confirmou o CEO.

Apesar do desempenho observado nas economias emergentes – os negócios realizados fora dos Estados Unidos representam 55% da receita global e, no primeiro trimestre, cresceram 4% em relação ao mesmo período de 2012, para 2,6 bilhões de dólares –, Jeremy Burton, vice-presidente de marketing da empresa, reconhece que o crescimento internacional é um longo caminho a se percorrer. “Estamos movendo nossos investimentos para esses territórios e hoje temos um time mais focado nas oportunidades internacionais do que nas nacionais”, explica o executivo, que menciona o centro de desenvolvimento em big data estabelecido no Rio de Janeiro, com foco no segmento de óleo e gás, para ilustrar esse direcionamento.

Para 2013, a EMC espera receitas de 23,5 bilhões de dólares, um crescimento de 8%. A companhia vislumbra oportunidades na ordem de 50 bilhões de dólares para soluções VMware, 87 bilhões de dólares para ofertas EMC e 10 bilhões para gastos com segurança avançada.

Fonte: Paladino, Silvia Noara . ""Seja nuvem pública ou privada, workloads vão rodar em cloud” - Convergência Digital - Cloud Computing." Convergência Digital. http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=33695&sid=97&utm_source=feedly#.UY0F2aJQHHF (accessed May 10, 2013).

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